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Os municipários decidem manter a greve em Porto Alegre

Municipários de Porto Alegre reivindicam a retirada de projetos de lei enviados por Marchezan que mexem nos seus direitos. (Foto: Reprodução/Facebook)

Os municipários de Porto Alegre realizaram, na tarde desta segunda-feira (30), uma nova assembleia geral de avaliação do movimento. Os servidores lutam para evitar a tramitação, na Câmara de Vereadores, dos projetos enviados pelo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior. Entre outras medidas, as propostas do governo, pretendem encerrar com o plano de carreira dos servidores. Os municipários também querem o fim do parcelamento dos salários.

A continuidade da greve, que completou 26 dias nesta segunda, foi aprovada pela quase totalidade do plenário, que decidiu também incluir na pauta de reivindicações a luta para que a Câmara rejeite os projetos. Uma nova assembleia foi convocada para o dia 07 de novembro, às 14h, podendo ser antecipada, se houver uma proposta do governo para deliberação.

O Simpa (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre), afirmou que a direção do movimento encaminhará ao governo um documento com as decisões da categoria, reforçando a disposição para o diálogo.

Também foi incluída a reivindicação para que sejam liberadas informações sobre as contas públicas na mesa de negociação, incluindo as verbas do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Ao término das votações, os municipários saíram em caminhada até a Câmara.

Inspeção

Na última sexta-feira (27), o TCE-RS (Tribunal de Contas do Estado) determinou a abertura de uma inspeção especial nas contas da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, abrangendo o exercício de 2017.

O objetivo do procedimento é analisar as disponibilidades financeiras do Executivo para fins de cumprimento das obrigações salariais.

Parcelamento

O calendário de pagamento da folha do funcionalismo municipal inicia-se nesta terça-feira (31). A prefeitura de Porto Alegre fará o depósito da primeira parcela no valor de R$ 1.900, integralizando os salários de 26% dos servidores (8.334 matrículas).  Os valores somam R$ 53 milhões.

O saldo restante de R$ 85 milhões (necessário para integralizar 74% das matrículas) será pago até 14 de novembro, conforme o ingresso de receitas nos cofres municipais.

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