Os casais decidiram este ano comprar mais pela internet do que nas lojas físicas para presentear no Dia dos Namorados. Enquanto no comércio eletrônico as vendas aumentaram 24% em relação ao ano passado, no varejo físico houve queda de 2,9%, maior retração em dois anos.
Levantamento da Ebit|Nielsen, empresa de mensuração e análise de dados do comércio eletrônico brasileiro, mostra que, após um Dia Namorados fortemente impactado pela greve dos caminhoneiros em 2018, neste ano o comércio eletrônico faturou R$ 2,2 bilhões, crescimento nominal de 24% em relação ao mesmo período do ano passado (28 de maio a 11 de junho).
Embora o tíquete médio tenha sofrido uma variação negativa de 17%, com valor de R$ 384, o número de pedidos cresceu 50% em relação ao ano passado, com 5,7 milhões de pedidos.
As categorias que mais tiveram pedidos foram Perfumaria & Cosméticos (19,9%), Moda & Acessórios (18,2%), Casa & Decoração (10,3%), Eletrodomésticos (9,4%), Informática (5,9%), Telefonia & Celulares (4,8%), Esporte & Lazer (4,1%), Alimentos & Bebidas (3,8%), Eletrônicos (3,2%) e Livros (3,1%).
O estudo também mostra que, no início do mês de junho, as intenções de compra para o Dia dos Namorados estavam menor que no ano passado. Às vésperas da comemoração, no entanto, a porcentagem de compras com finalidade de presentear na data foi maior que em 2018.
Pior desempenho
No varejo físico, levantamento do Serasa Experian revela que houve queda de 2,9% nas vendas durante a semana do Dia dos Namorados, de 6 a 12 de junho, quando comparada com o mesmo período do ano anterior. Foi a maior queda ocorrida em comparação aos últimos dois anos.
O indicador também apresentou uma redução de 2,6% durante o final de semana que antecede a data (7 a 9 de junho) em todo o País.
Na cidade de São Paulo, as comercializações durante a semana do Dia dos Namorados, considerada a terceira data mais relevante do comércio brasileiro, diminuíram 6,3% em comparação com o ano anterior. Durante o final de semana, o indicador recuou 8,2% na capital paulista.
Os economistas da Serasa Experian avaliam que o comportamento segue o mesmo padrão já observado durante a data comemorativa do Dia das Mães deste ano, que teve queda de 1,4% em relação ao mesmo período no ano passado. O resultado negativo é influenciado pela inflação acumulada dos últimos três anos, pelas taxas de desemprego e, também, a retração de confiança do consumidor.