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Os passageiros do voo comercial mais longo do mundo serão monitorados durante 21 dias

Viagem entre Estados Unidos e Austrália durou 19 horas. (Foto: Reprodução)

O voo mais longo e sem escalas da história da aviação comercial completou, em 19 horas, os mais de 16 mil quilômetros entre Nova YorK (EUA) e Sydney (Austrália). O Dreamliner da Boeing pousou nesse domingo, transportando na classe executiva 40 passageiros, alguns.dos quais serão monitorados durante 21 dias para acompanhar os efeitos físicos e psicológicos da viagem.

Além disso, para implementar a rota, a companhia australiana Qantas precisa de um acordo especial com a tripulação para trabalhar por mais de 20 horas seguidas. De acordo com a empresa, a viagem se tornou “um verdadeiro laboratório voador”.

Um jornalista da Bloomberg participou da experiência e descreveu os bastidores do voo. Segundo Angus Whitley, o principal desafio da tripulação e dos passageiros, formados em sua maioria por funcionários da própria companhia aérea, era a adaptação ao fuso horário australiano e a necessidade de se manter acordado.

Logo após a decolagem do Aeroporto Internacional JFK, em Nova York, todos a bordo foram orientados a seguir o relógio de Sydney e a não cochilar. Durante a viagem, as luzes permaneceram acesas e a instrução era para permanecer acordado por no mínimo seis horas, quando seria noite na Austrália.

De acordo com o repórter, a recomendação causou problemas para alguns passageiros, que não conseguiram seguir as instruções e evitar o sono. Mesmo sendo o meio do dia em Sydney, já estava perto da meia-noite em Nova York.

Um grupo de seis passageiros da Qantas foi escolhido para seguir um cronograma especial de atividades, para comer e beber, fazer exercícios e dormir em horários pré-determinados. Eles usaram leitores de movimento nos pulsos e foram orientados a registrar sua rotina durante a viagem. Os escolhidos já estão em observação há alguns dias.

Concorrência

A façanha de ter o voo comercial mais longo do planeta vem despertando uma guerra entre companhias aéreas. O recorde de quilômetros percorridos nos ares, sem escalas, foi quebrado três vezes desde 2016. É um ritmo bem acima do padrão histórico de quebra desses paradigmas, eventos que costumavam ocorrer uma ou duas vezes por década.

Para quem tem pavor dos voos ‘pinga-pinga’, trata-se de uma ótima notícia. Para quem detesta a sensação de ficar horas preso numa cabine com uma porção de gente desconhecida, a 11 mil metros acima do mar, nem tanto.

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