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Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos permanecem acima de 1 milhão pela 16ª semana seguida

O número caiu em relação à semana anterior, quando foram totalizados 1,31 milhão de pedidos. (Foto: Reprodução)

Pela 16ª semana consecutiva, os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos ficaram acima da marca de um milhão. Na semana encerrada em 11 de julho, 1,3 milhão de americanos solicitaram o benefício. O número caiu em relação à semana anterior, quando foram totalizados 1,31 milhão de pedidos.

Entretanto, o dado da semana de 11 de julho veio acima das expectativas do mercado americano, que projetava 1,25 milhão de solicitações para o período.

O número total de novos pedidos desde meados de março, quando houve uma aceleração brusca da pandemia, já soma mais de 51 milhões.

A manutenção dos pedidos acima da marca de 1 milhão acontece quando os Estados Unidos travam uma nova batalha para conter o surto do novo coronavírus, principalmente em Estados como Flórida, Califórnia, Texas e Arizona.

Os pedidos de seguro-desemprego no Texas e na Flórida, na semana de 11 de julho, totalizaram mais de 100 mil em cada Estado. Na Califórnia, mais de 200 mil trabalhadores entraram com pedido de benefícios, maior quantidade de todos os Estados americanos. Mais de 30 mil trabalhadores no Arizona também pediram o benefício.

Em seu ponto mais crítico, as reivindicações de seguro-desemprego atingiram um histórico de 6,8 milhões no final de março. Mesmo quase quatro meses após o pico, os pedidos permanecem praticamente o dobro do ponto mais alto durante a Grande Recessão causada pela crise hipotecária de 2007-09.

Economistas dizem que as solicitações do auxílio se mantêm desconfortavelmente altas por uma segunda onda de demissões, que pode se intensificar à medida que as infecções por Covid-19 deprimem a demanda e aumentam as falências, especialmente no setor de varejo.

Uma ampla quarentena no país em meados de março para conter a disseminação da Covid-19 resultou no pior desemprego desde a Grande Depressão. A economia entrou em recessão em fevereiro.

Casos e óbitos

Na quarta-feira (15), os Estados Unidos registraram um novo recorde diário de infecções por coronavírus e ultrapassaram a marca de 70 mil contágios pela primeira vez, com 74.513. Segundo a contagem independente feita pela Universidade Johns Hopkins, já com dados desta quinta-feira (16), o país tem 3.559.899 casos e 138.185 mortes causados pelo vírus.

Vacina

O laboratório Moderna, com sede nos Estados Unidos, anunciou na última terça-feira (14) que sua vacina contra a Covid-19 provocou “robustos anticorpos neutralizantes” depois de duas imunizações.

O resultado positivo permite que a empresa avance para a fase 3 do cronograma, marcada para o próximo dia 27, quando 30 mil pessoas, todas moradoras dos EUA, devem servir de cobaias.

“É a fase de avaliação de eficácia pré-mercado. Essa é a última fase de desenvolvimento. Se o produto for aprovado nesta fase, ele segue para ser aprovado ou não pelas agências reguladoras, no caso do Brasil a Anvisa”, explica o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Antônio Toledo Júnior.

A vacina da moderna usa o material genético do novo coronavírus, o chamado RNA, para induzir nosso organismo a produzir anticorpos para lutar contra o micro-organismo causador da Covid-19.

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