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Os preços do petróleo no mundo atingem o maior valor em cinco meses

Cortes da Opep, sanções dos EUA e impasses na Líbia elevaram os preços do barril de petróleo. (Foto: Divulgação)

Os contratos futuros do petróleo subiam nesta segunda-feira (08) para o maior nível desde novembro, impulsionados pelos cortes na oferta da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), pelas sanções dos EUA ao Irã e à Venezuela e pelos impasses políticos na Líbia, além de fortes dados de empregos nos EUA. O petróleo Brent subia 0,51 dólar, ou 0,73%, a US$ 70,85 por barril, às 12h04min (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 1,06 dólar, ou 1,68%, a US$ 64,14 por barril.

Para sustentar os preços, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados se comprometeram a cortar cerca de 1,2 milhão de barris por dia da oferta a partir do início deste ano. “Os contínuos cortes de oferta da Opep e as sanções dos Estados Unidos ao Irã e à Venezuela têm sido o principal motor dos preços ao longo deste ano”, disse Hussein Sayed, estrategista-chefe de mercado. “No entanto, o último impulso foi recebido de uma escalada dos combates na Líbia, que está ameaçando novas interrupções no fornecimento”, acrescentou. Fortes dados de empregos nos EUA divulgados na sexta-feira continuavam a apoiar os mercados.

Balança comercial

O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira que a balança comercial registrou superávit de US$ 2,326 bilhões na primeira semana de abril. Quando as exportações superam as importações, o resultado é de superávit. Quando acontece o contrário, o resultado é de déficit.

De acordo com o governo, as exportações na primeira semana de abril somaram US$ 5,557 bilhões, e as importações, US$ 3,231 bilhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 18,4%. As importações tiveram queda de 1,6%.

Nas exportações, houve aumento nas vendas de produtos manufaturados (+22,5%), semimanufaturados (+32,1%) e básicos (+17,8%). Nas importações, recuaram os gastos com veículos automóveis e partes (-28,7%), cobre e obras (-28,3%), bebidas e álcool (-24%), instrumentos médicos de ótica e precisão (-14,7%) e equipamentos mecânicos (-12,1%).

Parcial do ano

O Ministério da Economia informou ainda que, no acumulado de 2019 até 7 de abril, a balança comercial registrou superávit de US$ 12,841 bilhões. O saldo positivo é 6,5% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 13,737 bilhões). No acumulado deste ano, as exportações somaram US$ 58,211 bilhões, com média diária de US$ 882 milhões (queda de 1,7% sobre o mesmo período do ano passado).

 

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