Quem for ao próximo evento da Série Música no Museu, parceria entre a Ospa (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre) e o Margs (Museu de Arte do RS Ado Malagoli), entrará em contato com um repertório e instrumentos musicais inusitados. No dia 16 de julho, domingo, às 16h30, o grupo “Remendola de Chave”, formado pelo percussionista Diego Silveira e o pianista Paulo Bergmann, apresenta sua música autoral utilizando desde o teclado até vuvuzelas. Na mesma tarde, o“Trio de Metais” composto por Elieser Fernandes (trompete), Israel Oliveira (trompa) e José Milton Vieira (trombone) executa obras originais do Século XX para a sua formação. Os dois recitais acontecem no coração da exposição “Paisagem no Tempo – Carlos Petrucci e o acervo do MARGS”. A entrada é franca.
Diego Silveira e Paulo Bergmann comentam seu trabalho: “A remendola de chave é um instrumento antecessor da pianola, do realejo, do sequenciador e do loop. O nosso conjunto se inspira nesse instrumento e mistura fragmentos sonoros. Diferentes estilos e proveniências musicais são passados no liquidificador e filtrados no piano, na escaleta, no computador e nas vuvuzelas.” Seis músicas compõem a apresentação: “Cluster de Abertura”, “Amostra Surubim de Fumaça de Brinquedo”, “Consolação com Quadros Manuais de Campainha JB Hocus Pocus”, “Remendola”, “Singa Dias Nave Canteyopitfall” e “Fita com Tangodeon de Funk Messias e Sopro Midnight de Canaleão Shadow”.
Na segunda parte da tarde, o Trio de Metais apresenta “Trio de metais Escaleno” de Fernando Morais, “Quatre Esquisses” de Eugene Bozza e “Sonata para Trio de Metais” de Francis Poulenc. O trombonista José Milton Vieira conta: “O nome da primeira obra é uma comparação entre os lados de um triângulo escaleno e os instrumentos de um trio de metais. A segunda obra é um tradicional duo de trompete e trombone, desafiante e repleto de variações melódicas e rítmicas. A última é a peça mais famosa para essa formação. Ela reúne uma série de episódios de dança, uma canção de ninar e um rondó um pouco mais movido”.
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