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Homem simulou o sequestro da filha para roubar o próprio pai

Além das agressões, a mãe e as duas irmãs também devem ser indiciadas por tortura, injúria e roubo. (Foto: Editoria de Arte/O Sul)

A Polícia Civil prendeu em flagrante Eder Vitorino Coelho nesta quinta-feira (22) por ter simulado o sequestro da própria filha de 1 ano e seis meses. Ele chegou a simular um bilhete em que pedia resgate pela libertação da criança. O caso estava sendo investigado após a informação de que a menina teria sido levada do colo do pai na porta da casa dele.

A criança apareceu no final da manhã desta quinta. Segundo o tio, Aldo Alves, ela estava bem de saúde. De acordo com a polícia, esta não é a primeira vez que Eder finge que alguém da família foi raptado. Em 2014, ele também foi parar na delegacia por fingir o próprio sequestro.

Bilhete falso

Segundo a polícia, na manhã desta quinta, Eder teria dito aos familiares que recebeu um bilhete exigindo o resgate para libertar a criança. O avô teria conseguido levantar maior parte do dinheiro e o pai seguiu para conseguir a suposta libertação da criança.

Na quarta-feira, Eder foi até a delegacia para comunicar que ocupantes de um carro o teriam abordado e levado de seu colo o bebê. O crime revoltou até mesmo familiares. “Não tem necessidade. A família nunca passou por dificuldade. Ele nunca teve envolvimento com drogas e sempre trabalhou”, disse a irmã do suspeito, que está preocupada com o futuro da sobrinha.

O Conselho Tutelar será acionado para verificar se a mãe ou outros parentes próximos têm condições de cuidar da menina. Segundo a tia, a mãe da criança também estaria enfrentando dificuldades.

Bebê na casa da amiga

A polícia informou que Eder foi ouvido na delegacia e, após perceber que não seria mais possível sustentar a mentira, confessou o crime. Ele contou que deixou a criança com uma amiga e simulou toda a estória do sequestro.

Uma mensagem da mulher para o pai da menina revela que ela estava preocupada com o que ele tinha feito. No entanto, segundo a polícia, ela é considerada suspeita já não estava em casa no momento das diligências. O dinheiro do resgate recuperado pelos agentes estava na casa de Eder.

O homem foi autuado em flagrante pelos crimes de extorsão e falsa comunicação de crime, cujas penas máximas somadas são de 10 anos e seis meses.

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