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Palestino x Inter: Organização Sionista do RS pede que time visitante retire mapa do uniforme

Club Deportivo Palestino, que enfretará o Internacional na terça-feira (9). (Foto: Divulgação/CD Palestino)

A Organização Sionista do Rio Grande do Sul notificou representações de futebol pedindo a retirada de um símbolo do fardamento do Club Deportivo Palestino, que vem ao Estado nesta semana. O time enfrentará o Internacional, em Porto Alegre, pela Copa Libertadores da América, nesta terça-feira (8). Os documentos foram encaminhados à Federação Gaúcha de Futebol (FGF), ao Sport Club Internacional, à Administração do Estádio Beira-Rio e aos delegados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Conmebol. A reclamação é em função de que nas mangas e meias do uniforme, há o mapa da antiga Palestina, anterior à criação do Estado de Israel.

Em entrevista ao O Sul, o vice-presidente da Organização Sionista do Rio Grande do Sul, Luis David Leventhal, destacou que essa atitude do clube é “uma maneira de atingir os judeus, aonde eles passam”, pois o mapa antigo no uniforme “deturpa a presença do Estado de Israel”, afirmou ele. Luis David ainda ressaltou que é uma questão política e que entendem como ofensa porque há todo o problema entre os povos, potencializado pela ação do Hamas (organização islâmica dos territórios palestinos).

Para o presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, Sebastian Watenberg, “não há qualquer indício de ofensa por causa do mapa no uniforme”. Ele ainda ressaltou que não se deve fazer “interpretações exacerbadas ou suposições de coisas não ditas”, já que não considera o símbolo, por si só, agressão. Watenberg também esclareceu que a Federação é a “única e legítima representação da comunidade judaica no Estado”, afirmando que, como tal, “espera que seja [o jogo entre Inter e Palestino] uma festa bonita”.

O representante da Organização Sionista disse não acreditar que será tomada alguma medida por parte dos órgãos acionados. Porém, decidiram se manifestar como uma forma de protesto. Em publicação no Facebook, a Organização destaca que, caso não sejam feitas alterações, ocorrerão “graves violações à lei brasileira”. O texto segue, afirmando que o mapa tem “evidente e notória conotação de provocação política e afronta ao Estado de Israel, que além de ser a única democracia do Oriente Médio mantém relações diplomáticas com o Brasil”.

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