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Papa suplica ao presidente da Rússia pelo fim da “espiral de violência” e critica anexações

(Foto: Reprodução)

O papa Francisco suplicou neste domingo (02) ao presidente russo, Vladimir Putin, que acabe com a “espiral de violência” na Ucrânia, ao mesmo tempo que criticou as anexações de territórios por considerá-las “contrárias ao direito internacional”.

Na bênção do Angelus, na Praça de São Pedro, o pontífice dirigiu-se ao presidente da Federação da Rússia para suplicar o fim, também por amor a seu povo, da “espiral de violência e de morte”.

Anexação

O presidente Vladimir Putin assinou acordos, na sexta-feira (30), para anexar à Rússia milhares de quilômetros quadrados de território ucraniano. É a maior tomada forçada de terras na Europa desde 1945.

Os acordos foram assinados numa cerimônia no Kremlin três dias após referendos realizados apressadamente nas quatro áreas da Ucrânia que o governo de Moscou vai, agora, considerar como território russo.

Putin fez um discurso e encontrou líderes russos das quatro regiões ocupadas, de acordo com o Kremlin.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais rejeitaram categoricamente a anexação planejada das quatro regiões – Donetsk, Luhansk e grande parte de Kherson e Zaporizhzhia, uma faixa ucraniana que contém indústria pesada, terras agrícolas férteis e um canal fundamental de água doce para a Crimeia.

Donetsk e Luhansk são o lar de duas repúblicas separatistas que Moscou tem apoiado desde 2014, enquanto Kherson e partes de Zaporizhzhia têm sido controladas pelas forças russas desde as primeiras semanas após a invasão no final de fevereiro.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que, se o Kremlin prosseguir com a anexação, qualquer negociação com Putin será impossível.

Em resumo, a Rússia pretende hastear sua bandeira sobre cerca de 100 mil quilômetros quadrados do território ucraniano, numa violação flagrante do direito internacional e após votações classificadas como nulas e sem efeito pela grande maioria dos países, incluindo alguns amigos da Rússia, como a Sérvia.

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