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Para a indústria, projeto que ressuscita a CPMF é um “absurdo”

Presidente da CNI destacou que a CPMF é um "imposto de má qualidade", do qual o País havia ficado livre (Foto: Itaci Batista/AE)

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, classificou de “absurdo” o projeto do governo de ressuscitar a CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira) para bancar o cumprimento da meta de superávit primário do próximo ano. “É um absurdo, mais um imposto para a sociedade pagar, enquanto o caminho ideal seria o governo promover uma redução de gastos públicos para deixar a economia se recuperar”, afirmou ao tomar conhecimento da proposta do governo para fechar o Orçamento da União de 2016.

Andrade destacou ainda que a CPMF é um “imposto de má qualidade”, do qual o País havia ficado livre e, agora, “querem trazê-lo de volta em um momento ruim da economia”. Na sua opinião, aumento de imposto vai tirar mais recursos do setor privado para bancar gastos públicos que deveriam estar sendo reduzidos. Essa receita, segundo o presidente da CNI, é a pior possível em um momento em que a economia brasileira está em recessão e precisando se recuperar. Para ele, a proposta vai levar a uma maior desaceleração econômica.

A ideia de recriar a CPMF foi apresentada à presidenta Dilma pela equipe econômica para garantir o cumprimento da meta de superávit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016. Para conquistar o apoio de governadores ao projeto, o governo estuda recriar a medida como imposto e não mais contribuição. Desse modo, os recursos seriam repartidos também com governadores e prefeitos, que também estão enfrentando dificuldades de caixa neste ano. (Folhapress) 

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