Foi só apagar a luz da COP-30 que a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará voltou para a penúria. O governo paraense turbinou o orçamento da pasta para 2024, ano seguinte a confirmação (2023) da capital Belém como sede da cúpula e véspera do evento. A secretaria viu mais de R$1 bilhão nos cofres. Em 2023, era uma merreca, só R$207,2 milhões. Sem os gringos para olhar, o recurso minguou outra vez, nos padrões que fizeram do Estado o campeão em desmatamento.
Corta tudo
Este ano, a pasta já sentiu o impacto e o orçamento recuou 34%. Foram R$674,8 milhões para a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
Tesourada
Para o próximo ano, outro corte, este de 41% comparado com 2025. Serão R$397,9 milhões na conta da secretaria.
Torneira seca
Considerando os R$1 bilhão de 2024, o desfalque em 2026 fica ainda pior, é menos 61% de dinheiro nos cofres da pasta.
Make-up
A grana para investimentos também foi embora. Os R$328,7 milhões separados para o ano da COP viraram R$77,1 milhões em 2026.
Negócio rentável, sindicatos já são 15 mil no Brasil
Acusado na CPMI do INSS de inspirar o esquema que roubou inativos, a fim de substituir a fabulosa “contribuição” obrigatória, o sindicalismo brasileiro virou negócio rentável e proliferou como chuchu na serra: eram 17 mil e caiu para 15 mil, incluindo federações e confederações, após a Reforma Trabalhista. Na China, 1,4 bilhão de habitantes, são 1.713. Nos EUA, berço do capitalismo selvagem, 7 mil, segundo o Bureau of Labor Statistics. Na Alemanha, de sindicalismo forte, não passam de 100.
Frankenstein
A CLT de Getúlio Vargas, que permitia um sindicato por categoria e base territorial, gerou um Frankenstein burocrático que até afana aposentados.
Santo remédio
O número de entidades mal se alterou após a Reforma Trabalhista de 2017, apesar da unicidade obrigatória: deixou de ser um ótimo negócio.
Nem na França
Com tradição de muitas greves, a França sustenta só 5 confederações principais (CGT, CFDT etc.) e poucas dezenas de sindicatos setoriais.
É pragmatismo, mané
O PT e as ONGs que aparelha gostam de acreditar que Lula (PT) tem compromissos que bandeiras que empunham só porque cria ministérios-lacração, tipo Mulher, Igualdade Racial, Indígenas, todos sem orçamento. E ficam desapontados com seu pragmatismo nas escolhas para o STF.
República lulista
O advogado Fábio Pagnozzi afirma que o Brasil “já não é uma República, mas um regime de companheiros”, ao criticar a terceira indicação de Lula ao STF, Jorge Messias. Os outros foram Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Amigo é prioridade
Para a deputada Caroline de Toni (PL), pré-candidata ao Senado em Santa Catarina, a indicação de Jorge Messias ao STF é “mais um passo do projeto autoritário de Lula para aparelhar de vez as instituições”.
Falta vontade
Ao citar o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, para quem os países não resolvem a criminalidade por falta vontade, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) aponta: “No Brasil de hoje, isso fica evidente”.
De vento em popa
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) diz que segue firme o plano de federação com o União Brasil, a ser consolidada em breve com a entrada do registro na justiça eleitoral. O foco está nos estados e bancadas.
Mais que sabido
Damares Alves (Rep-DF) diz que não foi surpresa o incêndio que destruiu a parte da estrutura da COP30. A senadora lembra que foram muitos os alertas que o espaço não atendia regras de segurança.
IA pró-agro
Em audiência sobre a crise do agro gaúcho, Irajá Lacerda, do Ministério da Agricultura, mostrou no Senado a plataforma VMG, que usa satélite e inteligência artificial para emitir laudos digitais auditáveis de quebra de safra. Hamilton Mourão (Rep-RS) gostou: “é a IA fazendo o bem”.
Resultado do alívio
Segundo estudo da CNI, pela primeira vez desde agosto, o volume de produtos brasileiros exportados isento de sobretaxas supera aquele submetido à tarifa cheia de 50%. São isentas 37,1% das vendas aos EUA, enquanto 32,7% das exportações permanecem taxadas em 50%.
Pensando bem…
…foi química pela metade.
Poder sem Pudor
Amigo atrasado
O telefone tocou no gabinete do líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB). Na outra ponta da linha, um homem apressado não deixa a secretária falar e diz ser grande amigo de Valdick Suassuna, irmão do senador. “Gostaria muito de reencontrá-lo.” A secretária tentou descartar: “Olhe, senhor, me desculpe…” O homem interrompeu: “…sou amigo dele!” Valdick havia falecido uns quatro anos. E o homem ouviu: “Só se for em sessão espírita…”
Cláudio Humberto
@diariodopoder
