O jornalista Alexandre Bordon, 26 anos, estava em um táxi, próximo a um monumento no Centro de Santiago, a caminho do aeroporto, quando sentiu o tremor que ocorreu na noite de quarta-feira ao norte da cidade, perto da região de Coquimbo, no Chile, e que matou 11 pessoas. Ele estava voltando para São José do Rio Preto (SP). “Os carros estavam mais rápidos, tentando sair da rua, as pessoas correndo, o cenário estava fora da normalidade. Parecia um filme de ação”, afirmou.
Bordon disse que seu receio era de que acontecesse algo mais grave. “Se a situação começasse a piorar eu não teria para onde ir. Ao chegar ao aeroporto, uma confusão. Mandaram evacuar o prédio”, relatou.
Dezenas de pessoas ficaram feridas. Mais de um milhão tiveram que deixar suas casas e cerca de cem mil famílias ficaram sem luz. A magnitude do tremor foi 8,3 na escala Richter, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos – o serviço sismológico chileno informou 8,4. O terremoto de 2010, que deixou centenas de mortos no Chile, teve magnitude 8,8 na escala Richter.
Brasil
O terremoto que atingiu o Chile foi sentido também em algumas cidades do Brasil, segundo o relato de moradores e do Corpo de Bombeiros. Os bombeiros de São Paulo (SP) receberam cerca de 50 telefonemas com informações sobre tremores. Santa Catarina também teve registros de abalo em pelo menos quatro cidades.
Rio Grande do Sul
Em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, pelo menos dois prédios foram desocupados. Moradores chamaram a Brigada Militar após relatos de que os prédios mais altos da cidade teriam balançado. O fenômeno também pode ter tido reflexos em Passo Fundo, no Norte do Estado. Moradores de alguns prédios relatam que sentiram tremores por volta das 20h. (AG)