Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2017
Doze horas depois de ser palco de cenas de pânico e de ser isolada pela polícia, a avenida Champs-Elysées, em Paris (França), voltou ao normal no início da manhã da última sexta-feira, deixando para trás o atentado que deixou um policial morto.
Durante toda a madrugada, agentes de perícia e das forças de ordem se mobilizaram para retirar do local o automóvel Audi utilizado pelo assassino, e o furgão da polícia alvo de seus disparos.
Com o nascer do sol e a reabertura ao trânsito, parisienses e turistas estrangeiros retomaram as compras, como se nada, ou quase, tivesse acontecido.
Eleição
Entre as pessoas que visitaram o local do atentado, uma das preocupações é o impacto do crime nas eleições presidenciais deste domingo.
Quentin Cazuc, de 29 anos, estudante do último ano de administração, teme que a candidata do partido de extrema direita Frente Nacional, a nacionalista Marine Le Pen, possa ser beneficiada pelo clima de medo que por ventura venha a tomar conta da opinião pública. “O resultado da eleição presidencial já era incerto, e esse atentado não vai resolver as coisas para melhor”, lamenta.
Português de 67 anos, dos quais 46 vivendo na França, Manuel Ferreira foi um dos muitos estrangeiros que visitou a Champs-Élysées no dia seguinte ao ataque.
“Acho que o atentado pode ter implicações na eleição presidencial, mas não tenho certeza”, disse. “O atentado pode ajudar a Frente Nacional, mas penso que eles não vencerão. Em 2002 já não ganharam. Agora talvez passem para o segundo turno, mas como em 2002 vai haver uma união para derrotá-la.”
O panorama para o primeiro turno eleitoral, dizem as pesquisas, está indefinido. (AE)