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Parlamento de Israel vota neste domingo mudança no governo e saída do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

Israelenses serão empurrados para um quinto processo eleitoral em pouco mais de dois anos. (Foto: Reprodução)

Israel define neste domingo (13) se o país encerrará 12 anos consecutivos de poder do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para dar início a um novo governo, formado por uma ampla coalizão que vai de nacionalistas judeus de direita a políticos árabes-israelenses.

O Knesset, nome em hebraico do Parlamento israelense, vota se aprova ou rejeita essa aliança costurada por Yair Lapid, político centrista e um dos principais opositores de Netanyahu. Em 2 de junho, ele conseguiu firmar uma união majoritária ao ganhar apoio do direitista Naftali Bennett, em uma coalizão antes vista como improvável.

Para que esse novo governo seja efetivado, a maioria parlamentar deverá aprovar essa aliança. Caso contrário — e Netanyahu luta para isso —, os israelenses serão empurrados para um quinto processo eleitoral em pouco mais de dois anos.

Começo do impasse

Os sinais de que a situação política em Israel era de crise ficaram mais fortes no fim de 2018 com uma cisão na aliança pró-Netanyahu. Essa ruptura ocorreu principalmente por parte da ala mais nacionalista e militarista do governo.

Os principais motivos eram a trégua anunciada em novembro de 2018 pelo governo israelense com os palestinos, que se enfrentavam na Faixa da Gaza; além do descontentamento com ala religiosa do governo, que queria isentar do serviço militar obrigatório os judeus ortodoxos que estudam a religião.

O estopim para a crise foi a saída do então ministro da Defesa, Avigdor Lieberman. Antes um braço direito de Netanyahu, o político direitista pediu para deixar o cargo após a trégua com os palestinos.

Assim, em dezembro de 2018, a coalizão governista foi formalmente desfeita e o governo teve de convocar novas eleições. Elas ocorreriam normalmente em novembro do ano seguinte, mas a decisão de dissolver o Parlamento antecipou essa votação para abril de 2019.

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