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O próprio partido de Donald Trump tenta barrar sua vitória

Em alguns aspectos, o magnata é tudo o que os republicanos tradicionais detestam. (Foto: Don Himsel/Pool /Reuters)

O republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton venceram de maneira avassaladora as primárias de Nova York e ficaram mais perto de se tornarem rivais na eleição presidencial de novembro. A disputa seria certa não fosse um detalhe: a cúpula do Partido Republicano rejeita o magnata e declarou uma verdadeira cruzada nos bastidores para impedir sua candidatura.

As razões da rejeição são muitas. Trump não seria conservador o bastante, deu declarações em favor do direito de aborto e defendeu que os americanos mais ricos paguem mais impostos – até mesmo ele. Em alguns aspectos, o magnata é tudo o que os republicanos tradicionais detestam. Contra ele, pesa ainda uma rejeição de 65% dos eleitores, além do ódio de minorias e partes importantes do eleitorado: negros, latinos e mulheres.

Trump, no entanto, tem arrastado multidões para seus comícios e derrotado todos os seus adversários nas urnas, deixando a cúpula do partido em uma posição difícil. Alguns analistas apontam que o fenômeno é uma resposta dos eleitores republicanos à passividade do establishment em Washington e um sinal de insatisfação com o avanço de políticas democratas nos dois mandatos de Barack Obama. Seja como for, o magnata deixou para trás nove pré-candidatos nas primárias e restam apenas dois rivais em quem a cúpula do partido pode apostar: o senador Ted Cruz e o governador de Ohio, John Kasich.

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