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Partidos políticos querem a cassação do senador Aécio Neves, que foi afastado do cargo pelo Supremo e viu a irmã, Andrea Neves, ser presa

O Conselho de Ética do Senado ainda não foi instalado. (Foto: AE)

Os partidos Rede e o PSOL protocolaram na tarde de quinta-feira um pedido de cassação de mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG) . A representação por quebra de decoro parlamentar é baseada no suposto pedido de propina de R$ 2 milhões, delatado pelo dono do frigorífico da JBS/Friboi, Joesley Batista.

Para o líder da Rede, Randolfe Rodrigues (AP), as acusações contra Aécio, que teria cometido crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e obstrução à Justiça, são “gravíssimas”. “Lamentavelmente, nós entendemos que não existe mais condição alguma mais para que ele continue exercendo o mandato. Tanto é que o STF (Supremo Tribunal Federal) ainda hoje pediu o afastamento do senador”, declarou Randolfe.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) lembrou que as duas legendas já fizeram outra “parceria vitoriosa” no ano passado, quando pediram a cassação do mandato do ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O Conselho de Ética do Senado ainda não foi instalado, pois a maioria dos partidos não indicou os integrantes do colegiado. Randolfe cobrou o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que o Conselho seja instalado imediatamente. “Não há alternativa a não ser agora”, declarou.

Irmã de Aécio

A irmã e assessora do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, foi presa por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na manhã de quinta-feira no condomínio Retiro das Pedras, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O primo do senador e de Andrea, Frederico Pacheco de Medeiros, também foi preso na Grande BH.

Andrea foi presa porque há suspeitas de que ela tenha pedido dinheiro ao empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, em nome do irmão. Ela é considerada operadora do senador nas investigações da Lava-Jato.

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