Os partidos União Brasil e Progressistas (PP) pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nessa quinta-feira (4) o registro de uma federação partidária entre as siglas. Para que o arranjo seja válido já nas eleições de 2026, o TSE terá de aprovar a união até seis meses antes do pleito, marcado para 4 de outubro. A relatora será a ministra Estela Aranha.
As federações partidárias são um modelo de aliança que une duas ou mais siglas. Segundo as regras, os partidos passam a atuar como um só por, no mínimo, quatro anos. Também devem ter alinhamento nas campanhas – ou seja, a federação deve caminhar de forma unificada nas disputas, definindo conjuntamente as candidaturas.
Chamada de União Progressista, a aliança havia sido aprovada pelos partidos em agosto. De lá para cá, uma série de divergências locais atrasaram a formalização junto ao TSE.
A federação, se concretizada pelo TSE, será a maior força partidária do país.
A aliança terá a maior bancada de deputados na Câmara, o maior número de prefeitos e as maiores fatias de recursos públicos para campanhas e despesas partidárias.
Dirigentes da federação afirmam que a aliança deverá se posicionar de forma crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O manifesto de lançamento da federação afirma que o grupo terá como objetivo a “responsabilidade fiscal e responsabilidade social”.
Disputa sobre candidatura
Os presidentes do PP (Ciro Nogueira) e do União Brasil (Antonio de Rueda) têm defendido o lançamento de uma candidatura de centro-direita em 2026.
O União tem um pré-candidato: o governador Ronaldo Caiado (Goiás). Ciro Nogueira é, no entanto, um dos defensores de uma costura em torno do nome de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e filiado ao Republicanos, para o Planalto.
Recentemente, tanto o PP quanto o União determinaram o desembarque de filiados de cargos no governo Lula. O ministro do Turismo, Celso Sabino (União), corre o risco de ser expulso da legenda. Já André Fufuca (PP), que comanda o Ministério do Esporte, foi afastado de seus cargos na direção do Progressistas.
Pelo estatuto da federação, as escolhas dos candidatos a presidente e vice-presidente da União Progressista serão feitas pela direção nacional da aliança, a partir de indicações de cada partido.
Eventual coligação do grupo a outra candidatura também será decidida pela direção, ainda de acordo com o estatuto.
