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“Pedido de afastamento é uma peça teatral”, diz presidente da Câmara dos Deputados

Cunha também começou a entregar cartas aos deputados na qual reafirma sua defesa (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Durante café da manhã com jornalistas, destinado a um balanço do ano legislativo e realizado no gabinete da presidência da Câmara na manhã desta terça-feira (29), o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comentou  sobre a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de pedir o afastamento dele da presidência da Câmara.

Ele disse conhecer o teor de todas as 190 páginas do pedido, que classificou como uma “peça teatral”, e afirmou que já escreveu uma parte da sua defesa. “Esse pedido de afastamento é uma peça teatral. Já rebati, eu mesmo escrevi dez páginas rebatendo”, declarou.

O presidente da Câmara falou ainda que a eventual quitação pelo governo das chamadas pedaladas fiscais não muda nada em relação ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Na segunda-feira (28), o Tesouro Nacional informou que o governo pretende realizar o pagamento integral, ainda neste ano, das pedaladas fiscais. O pagamento, de 57 bilhões de reais, permitirá ao governo cumprir a meta fiscal – que prevê um déficit recorde de 119,9 bilhões de reais.

“Pedalada de 2015 não foi a base da aceitação do pedido de impeachment. O pedido considera as pedaladas de 2011 a 2014, mas ignoramos 2014. O pedido considera em 2015 a edição de decretos em desacordo com a lei orçamentária sem o aval do Congresso”, afirmou.

 

 

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