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Pedidos de recuperação judicial batem recorde

Foto: Rafael Hupsel/Folha Imagem

Afetadas pela recessão e pela Operação Lava-Jato, o número de empresas que pediu recuperação judicial até agora, em 2015, é o maior em dez anos. De janeiro a outubro, 977 companhias da indústria, do comércio e do setor de serviços entraram na Justiça com solicitação de recuperação judicial no País. É um número 41,3% maior em relação ao mesmo período de 2014.

O avanço foi puxado especialmente pelas empresas do setor de serviços, com crescimento de quase 70% nas mesmas bases de comparação. Nesse segmento estão as construtoras, que tiveram as atividades paralisadas por causa da Lava-Jato.

Recorde
Desde 2006, o primeiro ano em vigor da nova Lei de Falências que instituiu a recuperação judicial no lugar da concordata, não havia registro de uma quantidade tão grande de empresas nessa situação, disse o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, responsável pelo levantamento. O recorde anterior tinha sido em 2013, quando 747 empresas usaram esse instrumento para renegociar débitos e evitar falência.

Na avaliação de Rabi, três fatores agindo conjuntamente provocaram o aperto nas finanças das empresas, dificultando sua vida financeira, especialmente as de grande porte. O primeiro motivo é a recessão, que derrubou as vendas das companhias. O segundo, é a taxa de juros elevada, que encarece o custo dos financiamentos para as pessoas jurídicas e também para o consumidor. A terceira razão apontada foi a disparada do câmbio. (AE)

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