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Pedro Oswaldo Cruz, neto do médico e cientista que dá nome à Fiocruz, morre no Rio de coronavírus

Pedro Oswaldo Cruz deve ser sepultado nesta segunda (8). (Foto: Reprodução/Facebook)

O fotógrafo Pedro Oswaldo Cruz, de 79 anos, neto do médico e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz – que dá nome à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) –, morreu, no Rio de Janeiro, vítima de Covid-19. A informação foi confirmada pela historiadora e curadora de arte Vanda Klabin, cunhada do fotógrafo.

“Ele faleceu devido a uma série de fatores, né? Porque ele estava com a infecção da Covid e, somado a isso, uma infecção bacteriana também. Então, estava fazendo hemodiálise, fez ventilação mecânica e ia fazer uma traqueostomia. Ele foi internado no dia 14 [de maio] e entubado na mesma madrugada”, explicou Klabin.

Vanda Klabin é irmã de Maria Christina Mangia Oswaldo Cruz, de 74 anos, que também precisou ser internada ao ser infectada com o novo coronavírus. Maria Christina, no entanto se recuperou e estava em casa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Pedro Oswaldo Cruz estava internado no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, também na Zona Sul.

“Era um excelente fotógrafo. Teve início no final dos anos sessenta, com aquela geração de fotógrafos bastante requintados e complexos, né?, fotografia em preto e branco, de estúdio. E produziu vários livros de arte. Vários”, comentou Vanda Klabin.

A historiadora disse que Pedro Oswaldo Cruz deve ser sepultado nesta segunda-feira (8) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, onde há um jazigo da família Oswaldo Cruz. Os trâmites para a cerimônia ainda estavam sendo resolvidos pelos parentes.

120 anos

No último dia 25, a Fiocruz completou 120 anos em meio ao que a própria instituição classificou como o “maior desafio sanitário, econômico, social, humanitário e político do século 21”: a pandemia da Covid-19.

Inicialmente com o nome de Instituto Soroterápico Federal, a entidade foi criada com o objetivo de combater epidemias como a da peste bubônica, da febre amarela e da varíola, ameaças à população da capital da República, que na época era o Rio de Janeiro.

Passados 100 anos, a Fundação Oswaldo Cruz, já batizada com o nome do médico e cientista, é a maior instituição de pesquisa biomédica da América Latina.

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