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Pela segunda vez, o presidente da Fifa é alvo de uma apuração por seu comitê de ética

Gianni Infantino prometeu reformar o mercado de transferências. (Foto: Reprodução)

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, é alvo de mais uma investigação, sob a suspeita de ter agido para influenciar eleições de entidades regionais e agido de forma irregular ao aceitar serviços prestados por entidades privadas ou governos. A revelação foi publicada pela revista alemã Der Spiegel.

Essa é a segunda vez que Infantino é alvo de uma apuração de seu comitê de ética. Na primeira ocasião, em meados do ano passado, o caso foi encerrado. Mas as alegações de irregularidades não pararam contra o presidente que havia prometido dar um fim à crise de credibilidade da entidade.

Desta vez, o centro do questionamento é o papel que Infantino teve na eleição da Confederação Africana de Futebol e que colocou fim a um reinado de mais de 20 anos de Issa Hayatou. Ahmed Ahmed, pouco conhecido até então, acabou vencendo. Semanas antes do voto, porém, Infantino percorreu o continente africano e agora seu comitê de ética apura se houve influência indevida.

Assim como na primeira investigação, o órgão de ética da Fifa também apura o uso de jatos privados pelo presidente. Desta vez, os investigadores alegam que receberam novos documentos.

O comitê ainda afirma estar preocupado com a falta de independência entre o presidente e aqueles que controlam as contas da Fifa, inclusive o Comitê de Auditoria.

A nova crise ocorre menos de dez dias do encontro anual da Fifa, que desta vez está programado para ter sua sede no Bahrein, um pequeno país insular do Golfo Pérsico. Infantino tinha como plano concretizar suas reformas e mostrar um novo rosto para a entidade. Além disso, com a Justiça norte-americana, continua a tentar demonstrar que a Fifa foi alvo de cartolas sem escrúpulos. Mas que não seria uma organização criminosa. Para isso, entregou milhares de páginas de documentos de uma auditoria interna que teria realizado. (AE)

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