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Pelo menos 23 pessoas morreram em protestos na Bolívia

Manifestação em La Paz. (Foto: Patricia Cusicanqui/ONU)

Pelo menos 23 pessoas morreram após quase um mês de protestos na Bolívia em razão da crise política no país, segundo o último balanço da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

O órgão classificou como grave o decreto do novo governo, divulgado no sábado (16), que autoriza os militares a controlarem os distúrbios sem que eles precisem responder penalmente por qualquer excesso.

A comissão elevou de cinco para nove o número de mortos após o confronto entre apoiadores do ex-presidente Evo Morales e forças policiais e militares ocorrido na sexta-feira (15), em Cochabamba.

O ministro da Presidência, Jerjes Justiniano, afirmou que o decreto “de nenhuma maneira representa uma licença para matar”. Segundo ele, trata-se de um “mecanismo de dissuasão” porque pretende evitar o confronto.

Morales, que está asilado no México desde terça-feira (12), renunciou ao cargo de presidente após ser pressionado pelas Forças Armadas e por protestos que questionavam a sua reeleição no pleito de 20 de outubro.

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