Ícone do site Jornal O Sul

Pentacampeão do mundo pela Seleção Brasileira cobra homenagem de clube a ídolo falecido no domingo

O ex-goleiro Flávio Pantera, ao lado do ex-colega Kléberson, com quem jogou no Athletico-PR. (Foto: Reprodução/Instagram)

A morte de Flávio Pantera, ex-goleiro do Athletico-PR, aos 54 anos, no domingo (13), reacendeu debates sobre o reconhecimento de ídolos históricos. Diagnosticado com câncer de próstata em 2023, Pantera travava uma batalha que teve momentos de melhora, mas a doença acabou voltando de forma agressiva recentemente. Eles faleceu após meses de tratamento, perdas significativas de peso e internações prolongadas.

Sua trajetória no Athletico é marcada por conquistas incontestáveis. Chegou ao clube em 1995, foi campeão da Série B e tornou-se peça fundamental na inédita conquista do Campeonato Brasileiro de 2001, ainda hoje o único título do clube na primeira divisão do futebol nacional. Com 303 jogos disputados, Flávio é o nono jogador com mais partidas pelo rubronegro paranaense e o maior campeão da história atleticana, com oito títulos.

A repercussão de sua morte gerou comoção e também cobranças públicas. Pentacampeão mundial pela Seleção Brasileira (2022) e companheiro de Pantera na campanha vitoriosa do Athletico em 2001, o ex-meia Kléberson usou as redes sociais para exigir da diretoria atleticana uma homenagem à altura do legado deixado pelo goleiro.

“Infelizmente, nossos guerreiros que defenderam a camisa rubro-negra com amor e paixão somos lembrados somente quando passamos para a outra vida”, lamentou o ex-jogador de 46 anos e que encerrou sua carreira em 2016.

Em sua conta pessoal, Kléberson ressaltou o orgulho de ter convivido com Pantera e revelou tê-lo visitado em Maceió (AL) no ano passado, quando o América-MG esteve na cidade para um confronto da Série B: “Foi uma honra ter trabalhado com um cara tão especial e um privilégio ter ido até sua casa em Maceió, para te dar um abraço”.

O também campeão brasileiro Cocito, que teve passagem pelo Grêmio em 2004, relembrou os últimos momentos do amigo e relatou que as primeiras complicações foram confundidas com depressão, causada por dificuldades financeiras:

A confirmação do câncer veio posteriormente, e mesmo após cirurgia bem-sucedida, a doença avançou com rapidez. “Ele estava com muita dor nas costas, não conseguia andar”.

O Athletico, até agora, manifestou pesar por meio de duas publicações nas redes sociais: uma informando o falecimento e outra com registros de defesas memoráveis de Pantera com a camisa rubronegra. O clube volta a jogar na Arena da Baixada nesta terça-feira (22), contra a Ferroviária-SP, pela Série B, e a expectativa é de que novas homenagens sejam prestadas ao ídolo eternizado na memória do torcedor.

Flávio Pantera deixa uma marca profunda no Athletico e no futebol nacional — um legado de vitórias, superação e identificação que, como destacou o próprio clube, “jamais será apagado”.

Sair da versão mobile