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“Perdemos a batalha, mas não a guerra”, diz Evo Morales após derrota

Presidente da Bolívia, Evo Morales, no Palácio Presidencial de La Paz. (foto: reprodução)

O presidente boliviano Evo Morales, no poder desde 2006, reconheceu nesta quarta-feira (24) sua derrota no plebiscito de domingo (21), que rejeitou sua intenção de se candidatar a um quarto mandato consecutivo (2020-2025). “Respeitamos os resultados, faz parte da democracia”, afirmou em coletiva de imprensa no Palácio Quemado, em La Paz, quando acrescentou que “perdemos a batalha, mas não perdemos a guerra”. “A luta continua”, ainda completou.

Segundo a contagem oficial do Organismo Eleitoral Plurinacional boliviano, após a apuração de 99,72% dos votos, o “não” venceu com 51,30%, contra 48,70% para o “sim”. A tendência é irreversível.

Com sua primeira derrota eleitoral desde sua chegada ao poder em 2006, Evo Morales terá de rever sua estratégia para garantir seu projeto político para depois de 2020, quando terminar seu atual mandato.

Morales, que ainda mantém incólume seu poder com um domínio pleno do Congresso, o que permite seguir com suas reformas, deverá administrar esta derrota, avaliar os danos e buscar junto a seu partido MAS (Movimento ao Socialismo) um discurso que recupere a confiança e alcance consensos, de acordo com analistas políticos.

O voto rural e camponês, que foram os últimos apurados, chegou a manter viva a esperança de Morales em uma reviravolta.

O resultado do referendo levou as pessoas às ruas para festejar em cidades como La Paz e nos redutos opositores de Sucre, Potosí e Santa Cruz. (AG)

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