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Perfil no Facebook leva bancário a perder ação em que ganharia 1 milhão de reais de indenização

Constante atividade no Facebook fez a juíza negar o pedido de um homem. (Foto: Reprodução)

A atividade de um homem de 47 anos no Facebook fez a Justiça do Trabalho de Brasília concluir que ele estava curado de uma doença psicológica que o incapacitava de trabalhar.

O homem em questão é um bancário que foi diagnosticado, em 2011, com Síndrome de Burn Out, uma doença causada por esgotamento físico e mental. Desde então ele estava afastado de suas funções no banco alegando que, depois de uma promoção em 2010, a pressão por metas de desempenho causou sintomas de depressão e insônia, até sofrer um ataque de pressão alta e estado de choque durante o expediente.

Ele entrou com uma ação contra o banco pedindo indenização por danos materiais e pensão mensal. Mas sua constante atividade no Facebook fez a juíza Júnia Marise Lana Martinelli negar o pedido.

“O autor participa ativamente da referida rede social [Facebook], possui quase 400 amigos virtuais, publica fotos suas em festas, viagens [nacionais e internacionais], manifestação popular, sozinho e acompanhado de familiares, assim como mensagens com conteúdo humorístico e de superação”, observou a juíza, que ainda disse que a atividade dele no Facebook é incompatível com pessoas que sofrem de doenças psicológicas.

Mas Martinelli reconheceu que a doença foi desenvolvida por causa da alta pressão no trabalho. Ela definiu uma indenização de 5 mil reais por dano moral.

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