Ícone do site Jornal O Sul

Perícia médica no general Augusto Heleno será realizada nesta sexta, informa a Polícia Federal

Procedimento foi determinado após divergências em versões sobre diagnóstico de Alzheimer no ex-ministro do governo Bolsonaro. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

A Polícia Federal (PF) informou nessa quarta-feira (10) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que médicos da PF vão realizar a perícia no general Augusto Heleno determinada pelo magistrado nesta sexta (12), pela manhã.

Preso no Comando Militar do Planalto em Brasília por tentativa de golpe de Estado, Heleno afirmou em depoimento a autoridades que convive com Alzheimer desde 2018.

A defesa do ex-ministro, no entanto, disse que o diagnóstico só foi confirmado no início de 2025 após exames realizados em 2024.

Diante da divergência de informações, Moraes ordenou a realização da perícia por uma equipe médica da Polícia Federal.

A Polícia Federal também solicitou um encontro com a esposa de Augusto Heleno, para que sejam esclarecidos “pontos relativos ao grau de dependência do general para as atividades de vida diária”.

Conforme documento enviado ao STF, o encontro poderá ocorrer na unidade militar em que Heleno está preso durante a visita para realização da perícia médica, no Instituto Nacional de Criminalística, na residência da esposa do ex-ministro, ou em outro local considerado adequado, “garantindo os requisitos de privacidade e discrição”.

Conforme informações já divulgadas pela CNN Brasil, médicos peritos da PF têm avaliado laudos de Heleno desde a última semana. Profissionais do INC (Instituto Nacional de Criminalística) analisam o diagnóstico do militar com toda a documentação de exames, prontuários médicos e afins, faz um aprofundamento e conclui se, baseado naqueles documentos, há doença.

Logo após a prisão do general, no mês passado, a defesa protocolou um pedido de transferência para prisão domiciliar, alegando agravamento do quadro de saúde do general.

Os advogados afirmam que Heleno, de 78 anos, sofre de comorbidades graves e foi diagnosticado com Alzheimer em janeiro deste ano. O documento cita ainda histórico de transtorno depressivo e transtorno e de ansiedade. A defesa argumentou que o cumprimento da pena em regime fechado representaria risco iminente à saúde e à vida do condenado.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva, a forma mais comum de demência, que danifica o cérebro, afetando memória, pensamento e habilidades sociais, com início gradual, geralmente após os 65 anos, caracterizado pela perda de memória recente, dificuldade de linguagem, desorientação e mudanças de comportamento, e embora não tenha cura, o tratamento visa controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, sendo fundamental o diagnóstico precoce. (Com informações da CNN Brasil e do portal de notícias g1)

Sair da versão mobile