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Permissionários do Mercado Público de Porto Alegre registram prejuízos em meio à pandemia de coronavírus

A Brigada Militar foi acionada no final da madrugada e chegou ao Largo Glênio Peres para prestar socorro. (Foto: Maria Ana Krack/PMPA)

Com as portas fechadas para o ingresso de compradores na área interna e funcionando apenas por meio de tele-entrega e “pegue e leve” após determinação da prefeitura de Porto Alegre, os permissionários do Mercado Público vivem dias de angústia e incerteza, acumulando prejuízos em meio à pandemia de coronavírus.

Além de perdas financeiras, a paralisação está causando desemprego, segundo a Associação do Comércio do Mercado Público Central. De acordo com a entidade, mesmo com a escassa entrada de recursos devido ao fechamento do prédio histórico, os boletos de cobrança de aluguel não param de chegar.

Conforme a associação, 40% dos permissionários não conseguiram colocar os últimos pagamentos em dia, assim como está difícil a negociação junto à Procuradoria-Geral do Município, que não concede prazos maiores para a quitação das dívidas e não está isentando de multa e juros os aluguéis atrasados.

Ivan Konnig, proprietário do Costelão do Mercado, afirmou que o açougue tem um custo operacional muito alto que não é possível reduzir. “Contando o valor das rescisões, já passamos de R$ 250 mil de prejuízo. Tivemos que demitir 15 dos 27 funcionários”, revelou.

Já Celso Rossatto, sócio-proprietário da Banca 10, que comercializa produtos perecíveis como frutas e verduras, estima em 90% as perdas no período. “Estamos trabalhando apenas com a tele-entrega. Mas está muito fraco. Não paga a metade das despesas”, disse. Rossatto deu férias antecipadas a cinco colaboradores para evitar demissões.

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