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Personalidades revelam desejos para a hora em que a vida voltar ao normal

O cantor divulgou nota em suas redes sociais. (Foto: Aline Fonseca/Divulgação)

Quando a tragédia da pandemia chegou, ninguém imaginava que duraria tanto tempo. E enquanto se prolonga, causando uma tristeza profunda diante de tantas mortes e do isolamento interminável, a gente acumula desejos para serem realizados quando tudo isso acabar. O fim da maior crise sanitária que se abateu sobre o planeta ainda parece estar longe. Mas a vacina nunca esteve tão perto nesses últimos meses. Sonhando com o dia em que ela chegará por aqui, personalidades de diversas áreas responderam qual será a primeira coisa que vão fazer após a imunização.

Fernanda Montenegro, atriz: “A primeira coisa que eu quero ver quando a gente se livrar desse vírus são os palcos com peças sendo representadas. Nossos cinemas exibindo nossos filmes. Nossas orquestras sinfônicas, óperas, balés se apresentando. Circos, desfiles de escolas de samba, os Filhos de Gandhi, o frevo de Olinda, o carnaval nas ruas de nossas cidades, o Boi-bumbá, as procissões e as festas de nossos Santos. E o que mais houver de nossa brasilidade com o povo em volta aplaudindo nossa cultura, nossa alegria de viver”.

Caetano Veloso, cantor e compositor: “Passear pelo Porto da Barra, em Salvador, livremente”.

José Celso Martinez Correa, diretor: “Quero fazer uma peça que é o centenário de Cacilda Becker. Inclusive já escrevi a cena dela completando 100 anos. Vou propor que Fernanda Montenegro leia. Espero que eu tenha saúde para fazer. E quero viver, né?”

Tony Ramos, ator: “Correr livre na areia da praia e mergulhar. Depois, sair do mar e colocar a máscara. Creio que, por um tempo, haverá essa necessidade. Estarei na primeira fila da vacina, mas não é porque tomamos que vai estar tudo bem. Haverá o tempo de maturação. Sou um incorrigível otimista, porém, com os pés no chão”.

Fernanda Torres, atriz: “Vou fazer um almoço com os amigos todos. Tenho saudade de encontrá-los, de não ter medo de estar com os outros. Em março de 2020 enfrentei bem o isolamento. Agora, está mais difícil. Estou com falta dos outros.”

Conceição Evaristo, escritora: “Abraçar o público, pessoas que não conheço. Porque sempre me perguntam: ‘Posso te dar um abraço?’. Em março, assim que começou a pandemia, tive que negar um abraço e me senti constrangida. A questão que a gente mais enfrentou ultimamente foi a solidão. Um abraço dado com sinceridade revigora a gente.”

Debora Bloch, atriz: “Vou abraçar e beijar minha família e meus amigos. O que sinto mais falta é das pessoas. Vou fazer um grande almoço aqui em casa e depois vou para a Bahia, dar um mergulho naquele mar. Ah, e vou para o Samba do Trabalhador.”

Fábio Porchat, humorista: “Levar minha avó para vacinar. E, quando eu estiver vacinado, a primeira coisa que farei é festa. Aí é festa, aglomeração, é abraço, é reunir o máximo de pessoas que eu puder na minha casa.”

Projota, rapper: “Vou armar aquele churrascão.”

Carolina Dieckmann, atriz: “O que mais quero é abraçar minha avó. Faz um ano que não a vejo. Estou morrendo de saudade. E conto os dias para voltar ao teatro. Tive minha turnê de ‘Karolkê’ interrompida pela Covid.”

Antonio Fagundes, ator: “Aglomerar o maior número possível de pessoas no teatro, na temporada carioca da peça ‘Baixa temporada’.”

Ernesto Neto, artista plástico: “Uma grande festa coletiva, um ritual, em vários lugares ao mesmo tempo. Quem sabe um grande carnaval, intercultural e espiritual, um grande canto terrestre agradecendo a graça de estarmos vivos, cantar por todos aqueles que foram levados nessa onda covídica. Podemos curar a Covid com a ciência, mas existe uma ‘ dodoizisse’ maior que só a arte, a poesia e a espiritualidade podem curar.”

Pabllo Vittar, cantora: “Quero fazer tanta coisa quando estivermos vacinados e protegidos… A primeira é abraçar bem forte os amigos, comer, beber e dar risada. Sinto falta do contato, de poder chegar pertinho. Quero fazer shows e encontrar meus fãs, sentir aquele frio na barriga antes de começar uma apresentação.”

Marco Nanini, ator: “Acho que vou ficar quieto, para refletir sobre tudo que passou. Vou preferir as coisas simples, como andar na rua a esmo para rever e sentir as pessoas.”

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