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Petição a favor de ratos parisienses já tem mais de 17 mil assinaturas

Ratos comem fatia de tomate em Paris. (Foto: Reprodução)

Eles circulam com desenvoltura pelas ruas, monumentos, restaurantes (sim! Restaurantes!) da capital francesa. Mas apesar de terem se transformado em um verdadeiro problema sanitário na cidade, também têm simpatizantes.

A ex-psicóloga Josette Benchetrit, defensora dos direitos dos animais, lançou há duas semanas uma petição “contra o genocídio de ratos em Paris”. E pasmem: ela já obteve mais de 17 mil assinaturas. A iniciativa surgiu, conta a francesa ao jornal Le Parisien, depois de a prefeitura lançar um amplo programa para eliminar os pequenos mamíferos – estima-se que existam, no mínimo, dois roedores para cada parisiense.

“Eu imaginava que seria alvo de uma chuva de xingamentos. E tenho muito mais apoio do que o esperado”, diz ela, consciente da “originalidade de sua campanha”.

Josette enviou uma carta à prefeita de Paris, Anne Hidalgo, pedindo medidas alternativas, como a utilização de métodos contraceptivos. Ou lutar contra aqueles que alimentam os ratos e contribuem para sua proliferação jogando comida na rua, por exemplo.

Ratatouille

“É preciso combater essa fobia, ajudar as pessoas a conhecerem melhor os ratos”, afirma. A Disney bem que tentou atrair a simpatia pelos roedores com “Ratatouille”, com um certo sucesso entre as crianças, mas não convenceu os adultos.

O chefe da vigilância sanitária de Paris, George Salines, afirma que os ratos são um problema real, mas raramente transmitem doenças.

Segundo ele, além da questão da limpeza, as consequências são “psicológicas” e “estéticas”. Para a parisiense pró-ratos, matá-los é, desta forma, pura crueldade.

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