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Petrobras altera nome de usinas termelétricas que homenageavam personalidades ligadas à esquerda

Em razão do volume bilionário negociado estima-se que o prejuízo à Petrobras pode chegar a cerca de R$ 100 milhões. (Foto: Stéferson Faria/Agência Petrobras)

A Petrobras alterou o nome de usinas termelétricas. Em vez de homenagear intelectuais, políticos e artistas com biografias relacionadas ao pensamento de esquerda e ao nacionalismo, a estatal retomará, na maioria dos casos, os nomes de origem das unidades geradoras de energia elétrica, atrelados às regiões onde estão instaladas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da agência de notícias Reuters.

Em seu site, a Petrobras informa a propriedade de 20 usinas térmicas, metade delas com nomes de políticos, intelectuais e artistas. São elas Rômulo Almeida (BA), Celso Furtado (BA), Jesus Soares Pereira (RN), Aureliano Chaves (MG), Luís Carlos Prestes (MS), Mario Lago (RJ), Governador Leonel Brizola (RJ), Barbosa Lima Sobrinho (RJ) e Fernando Gasparian (SP), Euzébio Rocha (SP).

A informação foi antecipada pelo colunista Ancelmo Gois, no jornal O Globo. A empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, justifica a mudança como sendo uma exigência do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para que os nomes sejam registrados.

“A solicitação foi feita pela Petrobras para facilitar o registro dos nomes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O art. 124, inciso XV, da Lei de Propriedade Industrial diz que não são registráveis ‘o nome civil ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores’. Com a mudança, a maioria volta a ter o nome original, que faz referência à região onde a usina está localizada”, informou a empresa em nota.

Setor de gás natural

A Petrobras informou nesta quarta-feira (9) que firmou memorando de entendimentos com a norueguesa Equinor focado no desenvolvimento de negócios no setor de gás natural, que incluem projetos de geração termelétrica e estudos de viabilidade sobre ativos de processamento do produto e escoamento de líquidos em unidades no Rio de Janeiro.

Segundo a Petrobras, tais estudos envolveriam o Terminal de Cabiúnas, em Macaé, e o Comperj, em Itaboraí, onde há uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) em construção, ambos pertencentes à Petrobras.

Esses locais têm potencial de se tornarem relevantes polos de gás natural no país nos próximos anos”, afirmou a Petrobras, que disse que o memorando se segue a uma parceria estratégica firmada em 2017 com a Equinor.

O memorando foi assinado no momento em que o governo tenta implantar um plano para quebrar o monopólio no setor de gás com o objetivo de reduzir o preço da energia. A proposta prevê a saída da Petrobras do segmento de distribuição e transporte de gás.

Um dos principais objetivos do MOU (memorando) é a maximização de valor no segmento de ‘downstream’ de ambas as empresas”, disse a empresa, que ressaltou que o acordo, com objetivo de combinar esforços em investimentos nos segmentos de gás natural, gás natural liquefeito (GNL) e geração elétrica, não tem natureza vinculante.

Atualmente, a Petrobras e a Equinor são parceiras no campo de Roncador e nos blocos exploratórios BM-C-33, Dois Irmãos e C-M-709, dentre outros.

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