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O botijão de gás está mais caro a partir deste domingo

Auxílio será doado pela estatal já em dezembro com valor total de R$ 30 milhões. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

A partir deste domingo, estão mais caros os preços do GLP (gás liquefeito de petróleo) residencial envasado em botijões de até 13 quilos, popularmente conhecido como “gás de cozinha”. O aumento médio, de 4,5%, havia sido informado pela Petrobras na semana passada, por meio de um comunicado distribuído à imprensa.

“O reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais, influenciada pela conjuntura externa e pela proximidade do inverno no Hemisfério Norte. A variação do câmbio também contribuiu”, detalhou a mensagem.

Segundo a estatal, caso o ajuste seja integralmente repassado ao consumidor pelas distribuidoras, a alta será de 2% em média, ou cerca de R$ 1,21 por botijão, “se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos”.

Desde que a companhia mudou a sua política de preços para o GLP, em junho, já foram cinco aumentos e uma única redução, no dia 5 de julho. Nesse período, o produto vendido em embalagens de até 13 quilos acumula aumento de 54%. O último reajuste aconteceu no dia 10 de setembro, quando os preços foram reajustados em torno de 12,9%.

No ano, o preço médio do gás de cozinha subiu 15,58%, segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis). O valor médio do botijão para o consumidor saltou de R$ 55,74 em janeiro para R$ 64,42 na semana encerrada em 28 de outubro.

Na quarta-feira passada, a empresa havia anunciado um aumento também no preço do GLP para embalagens maiores que 13 quilos, que são mais usadas por estabelecimentos do comércio e da indústria. A alta foi de 6,5%. Para essa modalidade, o reajuste acumulado desde junho é de 29,5%.

Diferença

Desde 2013, a estatal tem praticado preços diferentes para os dois produtos. A política foi iniciada ainda no começo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e oficializada em 2015 – durante a gestão de sua sucessora Dilma Rousseff, por meio de uma resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). O objetivo era contribuir para conter a inflação.

Agora, a nova política de preços mantém esse tratamento diferenciado: para o cálculo do GLP industrial, a Petrobras inclui o custo de importação, além das cotações internacionais e margem de lucro. A ANP, entretanto, defende o fim da diferença de preços, alegando que isso prejudica a atração de investimentos para o setor.

Novo cálculo

Segundo a estatal, o preço final às distribuidoras será formado pela média mensal dos preços do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, mais uma margem de 5%.

Na composição de preços ao consumidor, a Petrobras responde por cerca de 25% do valor final, enquanto outros 20% são tributos. Os outros cerca de 55% correspondem a custos de distribuição e revenda.

O preço final às distribuidoras será formado pela média mensal dos preços do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, mais uma margem de 5%, informou a Petrobras.

“O cálculo do preço vai ser baseado nas cotações propano e bupano no ARA, que é Amsterdã, Roterdã e Antuérpia, um mercado relevante, um mercado líquido, que tem cotações líquidas para formação de preços e representa a melhor indicação de preços no mercado internacional”, disse o diretor da estatal, Jorge Celestino.

Em junho, ao detalhar como seria a composição do preço do botijão, o executivo ressaltou que haveria um aumento na margem do preço da companhia e uma diminuição do valor de distribuição e revenda. Até então, a Petrobras respondia por cerca de 25% do valor final, outros 20% são tributos e o restante do preço é composto por distribuição e revenda.

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