Os Estados Unidos e outras grandes economias concordaram em um esforço coordenado para liberar reservas de petróleo depois que a invasão da Ucrânia pela Rússia pressionou os preços da commodity para acima de US$ 100.
A Agência Internacional de Energia (AIE), que representa os consumidores-chave, vai liberar 60 milhões de barris de reservas ao redor do mundo. Metade dessa quantidade vai vir do estoque estratégico americano, com o restante vindo de integrantes da agência da Europa e da Ásia, segundo uma fonte a par das conversas.
Será a segunda liberação de reservas de petróleo em um intervalo de poucos meses feita pelos EUA enquanto o barril dispara como resultado de problemas políticos durante o governo de Joe Biden. A notícia, porém, não foi suficiente para mudar a trajetória da cotação nesta terça, que fechou acima dos US$ 100.
“A situação no mercado de energia é muito séria e exige nossa total atenção”, disse Fatih Birol, diretor da agência em declaração publicada no site da instituição. “A segurança energética global está sob ameaça, colocando a economia global em risco durante fase frágil de recuperação”.
A Agência Internacional de Energia vai continuar a monitorar os mercados de energia e pode recomendar a liberação de volumes adicionais de reservas se for necessário.
Os 30 integrantes da Agência Internacional de Energia incluem EUA, Japão, Alemanha e França.
A ação da Agência Internacional de Energia ocorre após a coalizão da Opep+, liderada por Arábia Saudita e Rússia, ter desconsiderado a defesa de Biden no ano passado de um aumento da oferta mais rapidamente. O grupo se reúne nesta quarta-feira para discutir os planos de produção para abril.
A Arábia Saudita já indicou que não considera a situação do mercado apertada o suficiente para acelerar a restauração da produção. Muitos outros países da Opep+ não poderiam elevar a produção mesmo que quisessem devido a falta de investimento e instabilidade. As informações são do jornal O Globo.
