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Pezão vai à Justiça contra o ministro Torquato Jardim

Desde quinta-feira (29), Pezão está preso na sala de Estado-Maior da unidade, em Niterói. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, questionou judicialmente o ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre as acusações feitas por ele contra a segurança pública do Estado. O governador afirmou que assinou digitalmente o documento elaborado pela Procuradoria-Geral do Estado e que a representação já foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal.

Em entrevistas concedidas, Torquato Jardim afirmou que o comando da Polícia Militar decorre de “acerto com deputado estadual e o crime organizado”. Segundo ele, parlamentares indicam os comandantes de batalhões da PM. O ministro disse ainda que “comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio” e, nesta quarta, voltou a criticar a segurança estadual dizendo, por exemplo, que “voltamos à Tropa de Elite 1 e 2”.

As falas do ministro repercutiram inclusive na Câmara dos Deputados, em Brasília. O presidente da Casa, deputado federal Rodrigo Maia, que é do Rio de Janeiro, disse em entrevista que está “perplexo” e aguarda “provas” do ministro.

Também ministro de Temer, Leonardo Picciani criticou o colega Torquato Jardim nesta quarta-feira, em conversa via Whatsapp com deputados federais do Rio. Segundo Picciani, titular da pasta dos Esportes, se o ministro da Justiça tem alguma prova do que disse, deveria determinar à Polícia Federal a abertura imediata de inquérito sobre os fatos.

Na tarde desta quarta, o governo do Rio reuniu oficiais no Palácio Guanabara, sede do poder executivo estadual, para discutir as declarações do ministro. Após o encontro, o secretário de Segurança, Roberto Sá, falou com jornalistas e se solidarizou com a PM. Segundo ele, no encontro o governador Pezão manifestou solidariedade à cúpula da PM e a cada integrante da instituição.

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