A farmacêutica americana Pfizer envia ao Brasil, nesta semana, mais 2,4 milhões de doses da vacina contra a covid-19. As entregas serão feitas em três voos com chegada pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). A primeira remessa, com 530 mil doses — o 12º lote enviado ao País — desembarcou pelo aeroporto de Campinas (SP), às 20h52 desta terça (15).
As outras duas entregas acontecem nesta quarta (16) e quinta-feira (17), com 936 mil doses em cada dia. Na última semana, a farmacêutica finalizou o envio de outros 2,4 mil imunizantes, também dividido em três dias.
O Brasil recebeu, até agora, 8,3 milhões das 200 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech contratadas pelo governo federal. Com as três desta semana, o número sobe para 10,6 milhões. A farmacêutica americana diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.
A logística de entrega das doses ao governo federal conta com segurança da Polícia Federal. Equipes acompanham o desembarque em Viracopos e escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).
A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo País em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.
Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.
Histórico
A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.
Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.
A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.