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Pfizer entrega primeira remessa de vacinas do segundo contrato firmado com governo federal

Avião com 1,9 milhão de doses desembarcou neste sábado (9), no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). (Foto: Reprodução)

A Pfizer/BioNTec entregou ao Brasil a primeira remessa de vacinas contra Covid-19 previstas no segundo contrato firmado com o governo federal. O voo com 1.989.000 doses pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 4h21 deste sábado (9).

O avião partiu do Aeroporto Schiphol de Amsterdam, na Holanda. Os imunizantes são descarregados e enviados para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), sob escolta da Polícia Federal (PF).

Este segundo contrato entre Pfizer e governo federal, assinado em 14 de maio, prevê mais 100 milhões de vacinas entre outubro e dezembro.

Primeiro contrato

A farmacêutica americana encerrou a entrega das 100 milhões de doses previstas no primeiro contrato na terça-feira (5). A entrega da última remessa do primeiro acordo ocorreu com atraso, após o voo com 1,1 milhão de imunizantes ser remanejado por “questões logísticas” no último domingo (3).

A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa geral teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Segundo a Pfizer, as doses enviadas ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos Estados Unidos, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, Purrs na Bélgica.

A logística de entrega das doses ao governo federal conta com apoio da Receita Federal, Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

Ainda no terminal de Viracopos, equipes da Receita desenvolveram um processo chamado desembaraço sobre nuvens, que permite a antecipação da conferência e liberação da carga — o processo entre a abertura da porta de carga do avião e liberação do caminhão ocorre em até 20 minutos.

Após a liberação em Viracopos, equipes escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).

Armazenamento

No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer/Biontech, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.

Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do Estado.

Histórico

A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.

A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.

O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.

Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.

A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.

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