Ícone do site Jornal O Sul

Pfizer reitera que vai enviar 90 milhões de vacinas contra o coronavírus ao Brasil nos próximos 3 meses

A Anvisa informou que propôs uma reunião à empresa, para semana que vem. (Foto: Agência Brasil)

A farmacêutica americana Pfizer reiterou que nos próximos três meses trará ao Brasil cerca de 90 milhões de doses de sua vacina contra covid-19, confirmando as projeções do Ministério da Saúde. A empresa também confirmou que entre outubro e dezembro mais 100 milhões de doses estarão no País.

O ministério tem dois contratos com a Pfizer para aquisição de 200 milhões de doses. E segundo o jornal Valor Econômico, houve ao menos uma oferta por parte da empresa para um possível terceiro contrato, para 2022.

A direção da companhia no Brasil, no entanto, disse que não comenta negociações que mantém com o governo brasileiro. Disse também que não está claro ainda se a população vacinada com duas doses terá a necessidade de uma terceira dose de reforço no ano que vem.

“Ainda não há uma resposta definitiva sobre esse tema”, disse a Pfizer por meio de nota. “Voluntários que participaram do estudo clínico de fase 3 seguem sendo acompanhados para que se possa chegar a uma resposta definitiva quanto à terceira dose ou possíveis doses de reforço.”

Quanto aos dois contratos já firmados com o governo federal, o laboratório disse ter entregue até o momento mais de 10 milhões de doses. As vacinas são importadas.

“Reafirmamos nosso compromisso com o país para a entrega de 200 milhões de doses da nossa vacina até o final de 2021 conforme cronograma estimado em contrato, que considera 100 milhões de doses entregues até o final do terceiro trimestre e outras 100 milhões durante o quarto trimestre”, afirmou a empresa.

Pelo último boletim divulgado na semana passada pelo ministério com as projeções de entrega de vacina contra covid-19, a previsão é que a Pfizer entregue 15 milhões de doses em julho e 69.483.360 entre agosto e setembro. No mesmo boletim, consta que pouco mais de 3,5 milhões de doses foram recebidas entre abril e maio e que até o fim de junho serão mais 12 milhões.

A projeção do ministério considera ainda que 99.999.900 doses da vacina da Pfizer chegarão ao país entre outubro e dezembro.

Na segunda da semana passada, o presidente Jair Bolsonaro teve um encontro com o executivo da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, e com a presidente da empresa no Brasil, a espanhola Marta Díez.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também participou do encontro. Na ocasião, o pedido feito aos representantes da empresa foi de uma antecipação da entrega das doses da vacina.

Na quarta-feira seguinte (16), o ministério informou um aumento das projeções de entrega da Pfizer para julho. Em vez dos 8 milhões previstos na semana anterior, a previsão saltou para as 15 milhões de doses.

A Pfizer afirmou que as entregas programadas para julho fazem parte das quantidades de doses estipuladas para o terceiro trimestre.

“Não há qualquer alteração de rotina produtiva da companhia o impacto para outros países”, disse a empresa ao ser questionada se o aumento da previsão de entrega em julho poderia afetar de alguma maneira a programação da empresa de fornecimento de imunizantes para outros mercados.

Sair da versão mobile