Entre empresários e políticos que fizeram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, o valor das multas extrapenais a serem pagos aos cofres públicos se aproximam de R$ 1,3 bilhão. O dado foi divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da PGR, em função do início da operação do Sistema de Monitoramento de Colaborações (Simco). A ferramenta tem como objetivo garantir que os acordos sejam cumpridos integralmente, tanto nas questões patrimoniais, quanto nas penas corporais, que são as de prisão.
As informações levantadas pelo Simco confirmam que 70,8% dos investigados que colaboraram são empresários e outros 2,3% são políticos. Esses 216 colaboradores identificados, se comprometeram a pagar R$ 1.284.292.753,67. Além desses números e índices, o sistema também informa aos investigadores as providências que devem ser tomadas em cada caso. A intenção é que haja aprimoramento, garantindo que ele ainda informe sobre os desdobramentos de todas as colaborações. Assim , será possível quantificar a efetividade das delações. Com isso, será possível medir a efetividade das informações fornecidas por cada colaborador.
A solução foi apresentada em função de uma demanda da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que havia solicitado a adoção de medidas para aperfeiçoar os métodos de colaborações.
A maioria dos acordos é referente à Operação Lava Jato. os trabalhos de inclusão dos dados no sistema levaram em torno de quatro meses.