Além de se depararem com sintomas de zika em meio a uma epidemia considerada explosiva pela OMS (Organização Mundial da Saúde), usuários dos principais planos de saúde do País podem não conseguir confirmar se têm ou não a doença ao serem atendidos em hospitais e laboratórios particulares. Isso porque os planos de saúde ainda não são, atualmente, obrigados a cobrir os custos do único teste disponível para diagnóstico.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que regula o setor, afirmou que não há no País diretrizes específicas para a utilização do PCR, exame essencial para comprovar a presença do material genético do vírus zika. O teste é caro: custa, em média, 350 reais.
Os protocolos específicos para o tratamento do vírus zika são estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A pasta, no entanto, não se pronunciou sobre o assunto.
Desde 2000, a detecção de dengue tem cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Em janeiro, testes para a doença e para a chikungunya passaram a ser exigidos. Exames complementares auxiliam o diagnóstico e também são cobertos, como os hemogramas, os de contagem de plaquetas e a chamada prova do laço. (AG)