Estamos em ano de eleições e vivemos um Brasil polarizado. Defensores e militantes de direita e esquerda, em vez de refletirem sobre as ideologias que supostamente defendem, tornam-se míopes diante do macrocenário que vivenciamos. O grande problema dessa miopia é o enfraquecimento do debate e, por consequência, das evoluções em termos de conhecimento que dele decorrem.
A realidade dos últimos anos do Brasil não necessita explicação ou detalhes, basta você refletir alguns segundos sobre o pouco que o País realmente avançou nas últimas décadas. Em vez disso, com o passar do tempo, conseguimos a proeza de criar uma máquina estatal tão grande e burocrática que está deteriorando o País lentamente.
Graças a ela, a liberdade individual está cada vez mais restrita e amarrada a uma Constituição cheia de leis antigas e que pouco contribuem para a mudança dessa realidade. Crescer e vencer essas barreiras se tornou uma tarefa para poucos empreendedores corajosos.
E a cada ano, estamos alimentando a população com uma esperança baseada no assistencialismo promovido pela União. Não sendo novidade para ninguém, isso tem um grande custo para todos: uma carga tributária abissal paga por cada um de nós.
O cerne do problema do Brasil não será resolvido por um candidato X ou Y. Está no entendimento da população sobre a necessidade de limitar o poder de quem não é apto para detê-lo: o Estado. Com empresas estatais ineficientes, diversos casos de corrupção mancham a reputação do País ao entrarem para o livro dos recordes e, tendo como produto disso tudo uma situação econômica deplorável, fica claro que o quebra-cabeças será solucionado não por um representante, e sim por cada um de nós!
Sendo assim, o meu convite é para que você reflita e estude o seu candidato para 2018. Neste ano, temos nas mãos uma nova oportunidade de mudar o futuro do País, visto que elegeremos presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e vereadores.
Não seja corrompido por uma fórmula mágica de solução que envolva o fortalecimento do que já se provou ser ineficiente e impraticável nestes últimos anos. É preciso ter claro que o seu futuro e, por consequência, o do País, depende apenas de um fator: você.
Se não tivermos um Estado mínimo e fora do nosso caminho, nunca seremos a potência que merecemos ser. O Brasil precisa de um Estado focado em seus compromissos básicos: educação, saúde e segurança.
Rodrigo Leke Paim – Publicitário e associado do IEE (Instituto de Estudos Empresariais)