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A Polícia Federal achou 20 mil reais em dinheiro vivo na casa de um ex-assessor de Michel Temer

Rocha Loures está preso na Papuda. (Foto: Divulgação)

Buscas e apreensões no âmbito da Operação Patmos, da PF (Polícia Federal), em endereços ligados ao ex-assessor do presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), em Brasília, encontraram 20 mil reais em dinheiro vivo, na casa dele em Brasília. Os valores, porém, não foram confiscados por serem inferiores ao autorizado para apreensão.

Loures é investigado por supostamente agir em nome de Temer, na condição de “homem de confiança’ do presidente e interceder junto à diretoria do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em benefício da JBS/Friboi.

Delatores do grupo empresarial dizem que foi prometida uma “aposentadoria” de 500 mil reais durante 20 anos para Loures e também para Temer. Loures foi flagrado pela PF correndo em uma rua de São Paulo com uma mala estufada de propinas da JBS – 10 mil notas de 50 reais, somando 500 mil reais. Na quinta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu novamente a sua prisão preventiva.

Em áudio gravado por Joesley Batista, um dos donos da JBS/Friboi, durante visita ao Palácio do Jaburu, na noite de 7 de março, Temer indica Loures para ser seu interlocutor junto ao grupo. Na conversa, o presidente sugere que o empresário poderia tratar de qualquer assunto com o seu então assessor, Rocha Loures, que ainda exercia o mandato de deputado federal.

Nesta semana, o peemedebista perdeu o cargo de deputado federal após a demissão de Osmar Serraglio do Ministério da Justiça. Ele já estava afastado pelo Supremo Tribunal Federal da vaga que ocupava como suplente do ex-chefe da Justiça.

Loures é acusado de receber propinas em troca de influência sobre o preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica EPE – o valor do suborno, supostamente em benefício de Temer, corresponde a 5% do lucro que o grupo teria com a manobra.

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