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Polícia Federal busca provas de financiadores e incitadores dos atos de 8/01 em Brasília

De acordo com a PF, os alvos são dois empresários de Barueri, no interior de São Paulo. (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta quarta-feira (24) três mandados de busca e apreensão para identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado, quando as sedes dos Três Poderes em Brasília foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro contrariados com a vitória de Lula nas eleições de 2022.

De acordo com a PF, os alvos são dois empresários de Barueri, no interior de São Paulo. Estes mandados são um complemento da 23ª fase da Operação Lesa Pátria, realizada no último dia 8, e foram cumpridos apenas nessa data por conveniência investigativa.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, informou a corporação, em nota.

As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas.

Na época da deflagração daquele fase, foram cumpridos 47 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva, na Bahia, e 46 de busca e apreensão.

Na última semana, os agentes haviam cumprido a 24ª fase da operação, quando foram expedidos 10 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, visando buscar provas do planejamento, financiamento e incitação aos atos de 8 de janeiro de 2023. O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi o principal alvo da operação.

Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do parlamentar, em seu gabinete na Câmara dos Deputados e em endereços no Rio de Janeiro. Jordy é suspeito de organizar bloqueios em rodovias e acampamentos em frente a quartéis do Exército no Estado do Rio de Janeiro após o segundo turno das eleições de 2022. Apoiadores de Bolsonaro passaram a fechar estradas e se aglomerar em frente a unidades do Exército para pedir a anulação da eleição por meio de intervenção militar.

Em nota, a PF diz que “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”. Em suas 24 fases, a Lesa Pátria cumpriu 93 mandados de prisão cumpridos, 445 mandados de busca e apreensão cumpridos; e 17 inquéritos policiais instaurados. Além disso, confiscou R$ 25 milhões de investigados pelo movimento.

Em um ano, foram alvos policiais militares da ativa e da reserva, políticos, religiosos, empresários, influenciadores digitais e civis em diversos Estados brasileiros e no Distrito Federal.

 

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