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Polícia Federal conclui inquérito e vê indícios de corrupção da senadora Gleisi Hoffmann e do ex-ministro Paulo Bernardo

Gleisi Hoffmann (Foto: Antonio Cruz/ABr)

A PF (Polícia Federal) indiciou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, ao concluir o inquérito sobre as suspeitas de que o dinheiro desviado da Petrobras abasteceu em 2010 a campanha ao Senado Federal da parlamentar.

A PF afirmou ter indícios suficientes contra Gleisi e o marido por suposto envolvimento em crime de corrupção. As conclusões da polícia foram anexadas ao inquérito 3979, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), na Operação Lava-Jato.

Para a PF, a campanha de Glesi recebeu 1 milhão de reais em propina. Um novo delator, Antonio Carlos Pieruccini, informou que transportou o dinheiro, em espécie, de São Paulo para Curitiba (PR), em quatro viagens, e o entregou para Ernesto Kugler, empresário que seria próximo de Gleisi. As entregas ocorreram na casa de Kugler e em empresas das quais é sócio. O empresário e o então tesoureiro da campanha de Gleisi, Ronaldo da Silva Baltazar, se falaram por telefone pelo menos 25 vezes.

Segundo o relatório da PF, o suposto pedido de dinheiro para a campanha teria sido feito ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa quando Paulo Bernardo era ministro do Planejamento do governo Lula e só porque o ex-ministro sabia do esquema de desvios na Petrobras.

A assessoria de imprensa da senadora Gleisi, que responde pelo casal, informou por meio de nota que as provas do inquérito demonstram que ela e o marido não receberam dinheiro

“Todas as provas que constam no inquérito comprovam que não houve solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor pela senadora Gleisi Hoffmann ou pelo ex-ministro Paulo Bernardo”, afirma o texto da nota.

Segundo a assessoria, “são inúmeras as contradições nos depoimentos dos delatores, as quais tiram toda a credibilidade das supostas delações. Um deles apresentou, nada mais, nada menos, do que cinco versões diferentes para esses fatos, o que comprova ainda mais que eles não existiram”. (AG)

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