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Polícia Federal indicia mais três pessoas no esquema de desvio de recursos de duas seguradoras

Um carro de luxo e 35 mil reais em dinheiro também foram apreendidos na operação. (Foto: Divulgação/PF)

A segunda fase da Operação Pavlova, deflagrada pela PF (Polícia Federal) para combater fraudes em seguradoras do Rio Grande do Sul, indiciou nesta segunda-feira (29) mais três pessoas, que não tiveram os nomes revelados. Elas são um servidor público, a irmã dele e um advogado. Os indiciados responderão por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, entre outros, de acordo com a participação individual no esquema. Pelo menos 5 milhões de reais teriam sido desviados desde 2012, segundo as investigações da polícia.

A PF cumpriu na manhã desta segunda-feira cinco mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Santo Antônio da Patrulha, e seis de condução coercitiva.

Na primeira fase, deflagrada em 15 de abril, o foco foi a análise de operações atípicas realizadas pela administração de duas seguradoras. Na segunda fase, a PF apurou as evidências de que parte do dinheiro desviado estaria sendo encaminhado – através de um dos principais investigados da primeira fase – a um servidor público que ocupou o cargo de superintendente nacional da Susep (Superintendência de Seguros Privados).

Foram identificadas diversas liberações de recursos por uma das companhias para o investigado apontado como intermediário na negociação. Pelos indícios surgidos até o momento, o pagamento da propina estaria possivelmente vinculado a não intervenção por parte da Susep em uma das companhias. Chama a atenção da equipe de investigação que, poucos meses após a saída do então superintendente nacional do cargo, a seguradora acabou sendo liquidada extrajudicialmente.

Além do cumprimento dos mandados judiciais, foram bloqueados bens imóveis em nome de pessoas físicas e jurídicas. Um carro de luxo e 35 mil reais em dinheiro também foram apreendidos.

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