A PF (Polícia Federal) indiciou a Samarco, a Vale (dona da Samarco), a empresa VogBR e mais sete executivos e técnicos por crimes ambientais provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
Segundo a corporação, entre os indiciados está o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi.
Também foram indiciados o coordenador de monitoramento das barragens, a gerente de geotecnia, o gerente geral de projetos e responsável técnico pela barragem de Fundão, o gerente geral de operações, o diretor de operações, e o engenheiro da VogBR – consultoria responsável pela declaração de estabilidade da barragem, emitida em julho de 2015.
Conforme a PF, eles foram indiciados por causar poluição em níveis que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora, como previsto no artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais.
A polícia especificou cargos, mas não mencionou os nomes dos indiciados em nota enviada à imprensa.
Desastre ambiental
A barragem de Fundão se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, destruindo o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetando Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades no Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo. (AG)