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Polícia Federal investiga oferta falsa de 200 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 ao Ministério da Saúde

PF cumpriu mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e no Espírito Santo. (Foto: PF/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) cumpriu, nesta quinta-feira (25), sete mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de oferecer ao Ministério da Saúde, de forma fraudulenta, 200 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 em nome de um grande consórcio farmacêutico.

As ordens judiciais foram executadas nas cidades de Paracatu, em Minas Gerais, e Vila Velha, no Espírito Santo, a mando da 10ª Vara Federal do Distrito Federal. Não houve prisões.

A denúncia partiu do próprio ministério. O nome do consórcio não foi divulgado. A investigação apontou ao menos dois suspeitos que, por meio de duas empresas, apresentaram credenciais falsas e afirmaram ter exclusividade para a comercialização do lote de vacinas.

Segundo a PF, com a proposta o grupo esperava receber, na assinatura do contrato, 50% do valor do lote que seria entregue. Ainda de acordo com a investigação, os dois suspeitos realizaram uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, quando ofereceram a pronta-entrega de 10 milhões de vacinas, em um valor aproximado de R$ 270 milhões.

Os servidores, então, desconfiaram da proposta e acionaram a PF, que iniciou a investigação em fevereiro. No inquérito, a PF apurou que os suspeitos não estavam autorizados a falar em nome da farmacêutica.

A operação, batizada de Taipan, apura crimes de associação criminosa, estelionato contra entidade pública, falsificação de documentos e de produto destinado a fins medicinais.

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