Ícone do site Jornal O Sul

Polícia Federal mira conselheira do Tribunal de Contas do Distrito Federal por suspeita de corrupção em processos de compras da Secretaria da Saúde

Inicialmente, os presidenciáveis seriam acompanhados por equipes de policiais a partir do início oficial da campanha. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (26), a Operação Pacare, destinada a apurar supostas regularidades na apreciação, pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), de contratos da Secretaria de Saúde local.

Um efetivo de 32 policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão em nove endereços residenciais e comerciais no Distrito Federal. Os locais são ligados a sete pessoas investigadas em dois inquéritos em tramitação no Superior Tribunal de Justiça, sob relatoria do ministro João Otávio de Noronha.

Entre os alvos das medidas cautelares está a conselheira do Tribunal de Contas do Distrito Federal Anilcéia Machado.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, além das buscas, foram determinadas quebras de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos. Não há prisão ou ordem de afastamento da função pública.

O Ministério Público Federal indica que, segundo as investigações, as práticas criminosas sob suspeita ocorreram entre 2013 e 2015, em um dos casos, e em 2020, na outra frente de apuração.

A investigação apura se empresários e agentes públicos praticaram os seguintes crimes: Peculato, emprego irregular de verbas ou rendas públicas, corrupção, advocacia administrativa, e prevaricação e falsidade ideológica.

Os investigadores apuram fraudes como pagamento ou recebimento de vantagens indevidas (propina) “para quitação de empenhos sem as observâncias dos requisitos legais”. Além disso, há suspeita de intermediação e patrocínio de interesse privado junto ao TCDF.

Ainda segundo o MPF, há também suspeitas de emprego irregular de verbas públicas e crimes licitatórios.

“As investigações preliminares apontam que as práticas criminosas ocorreram entre 2013 e 2015, em um dos casos, e em 2020, na outra frente de apuração”, informou o MPF.

Além das buscas, a Justiça determinou quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos. Não consta na decisão pedidos de prisão ou ordem de afastamento da função pública.

A Polícia Federal aponta que o nome da operação, Pacare, faz alusão a palavra ‘pagar’ – ‘cuja origem etimológica vem do latim, “aplacar, satisfazer, apaziguar”‘.

Falso Negativo

Segundo informações da PF, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) compartilhou informações da Operação Falso Negativo, que apura fraudes na compra de testes para detecção da covid-19 e que, no ano passado, resultou na prisão da cúpula da Secretaria de Saúde.

A partir dessa troca de informações entre o MPDFT e a Polícia Federal, a operação conseguiu indícios de fraudes na distribuição dos processos por causa de pagamentos indevidos.

Sair da versão mobile