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Polícia Federal reduz operações por riscos de transmissão do coronavírus

A polícia chegou até o local após uma denúncia anônima. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) reduziu o número de operações de combate à corrupção e ao crime organizado por todo Brasil, devido aos riscos de transmissão do coronavírus. Delegados estão orientados a suspender temporariamente ações que envolvam agrupamento e movimentação de equipes policiais, desde que não resulte em prejuízo para as investigações.

Desde que foi adotada a medida, há 15 dias, foram deflagradas oito operações ostensivas – quando são realizadas prisões e buscas e apreensões. Em igual período, no início do mês, foram 32 ações pelo País. Mesmo com a queda, março fechou com volume total de operações dentro da média: foram 42 ações ostensivas deflagradas no mês, contra 49 em fevereiro e 22 em janeiro.

A queda do número de operações decorre de orientação do comando da PF e abrange ações ostensivas em casos de corrupção, crimes financeiros, previdenciários, de tráfico de drogas, armas e pessoas, crimes ambientais, crimes cibernéticos e de organizações criminosas em geral. Inquéritos e investigações, com análises, perícias, elaborações de relatórios, seguem com uma nova rotina de trabalho.

Na semana passada, foi deflagrada uma nova fase da Operação Faroeste, que tem como alvo suposto esquema de venda de decisões judiciais por desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça da Bahia. Na ocasião foram feitas buscas e apreensões e um desembargador foi preso.

Uma semana antes, a PF concluiu relatório final de investigação da Operação Lava-Jato e indiciou o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pelo suposto recebimento de R$ 64 milhões em propinas, entre 2008 e 2011 – período em que foi governador de Minas e senador. Ele nega.

Suspensão

As operações começaram a cair após a instrução normativa do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, de 16 de março, com medidas para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus – declarada em 11 de março, pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Pelo menos sete normativas internas foram publicas desde então. A principal delas, da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, no dia 18.

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