Ícone do site Jornal O Sul

Polícia prende os dois suspeitos de espancar até a morte um ambulante no metrô de São Paulo

Um dos agressores, Ricardo do Nascimento (D), foi preso. Alipio dos Santos (E) permanece foragido. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil prendeu na noite dessa terça-feira (27) Ricardo do Nascimento, 21 anos, um dos suspeitos do espancamento que causou a morte do ambulante Luiz Carlos Ruas na estação Pedro 2º do Metrô de São Paulo.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Nascimento foi preso em Vinhedo, cidade a 79 quilômetros da capital paulista.

Na tarde desta quarta-feira (28), Alípio Rogério dos Santos, o segundo suspeito de matar o ambulante, também foi preso pela polícia. Alípio foi localizado em um prédio da Cohab em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, após o recebimento de uma denúncia anônima por e-mail.

A dupla teve decretada prisão temporária de 30 dias por homicídio qualificado e agressão a outras duas travestis.

Ruas, de 54 anos, trabalhava há cerca de 20 anos como vendedor ambulante em frente à estação Pedro 2º, da linha 3-vermelha do Metrô de São Paulo. Ele foi agredido até a morte na noite de domingo (25).

De acordo com testemunhas, a dupla de agressores teria ido urinar nas plantas do lado de fora da estação quando duas travestis reclamaram. Ruas teria as defendido quando se desentendeu com a dupla.

O advogado dos suspeitos, Marcolino Nunes Pinho, disse não se tratar de um caso de homofobia. Segundo ele, seus clientes alegam que partiram para briga naquela noite porque Alípio dos Santos teve o celular roubado por um grupo de pessoas do lado de fora da estação Pedro 2º, da linha 3-vermelha do Metrô paulista, entre elas uma travesti, onde as câmeras do Metrô não conseguem captar.

Manifestação

Cerca de cem pessoas, entre elas de defesa da causa LGBT, compareceram, no início da tarde dessa terça (27), para um protesto na estação onde Ruas morreu. Convocada pelas redes sociais pelo jovem Bruno Diego Alves, 25 anos, a manifestação pediu mais segurança aos usuários do sistema metroviário de São Paulo e o fim da homofobia.

Sair da versão mobile