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Polícia procura mulheres soltas “por engano” de presídio do Distrito Federal

Ylka Carvalho foi detida por suspeita de participar de um esquema que extorquia dinheiro de integrantes do movimento social MRP (Movimento de Resistência Popular). Ela é mulher do líder do MRP, Edson Silva. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil busca duas mulheres postas em liberdade do Presídio Feminino do Distrito Federal apesar de haver decisão judicial determinando a prisão delas. As duas são consideradas foragidas. As circunstâncias sobre a liberação das presas são investigadas pela Secretaria de Justiça.

Mulher do líder do Movimento de Resistência Popular é uma das detentas que devem ser recapturadas. 

Uma das foragidas é Ylka Carvalho, detida no início deste mês suspeita de participar de um esquema que extorquia dinheiro de integrantes do movimento social MRP (Movimento de Resistência Popular).Ylka é mulher do líder do MRP, Edson Silva. O casal foi preso com mais cinco pessoas por supostamente forçar um grupo de 80 militantes, filiados ao movimento, a pagar entre 50 reais e 300 reais aos representantes do MRP. Ela negou as acusações.

O desembargador Roberval Belinati decidiu em caráter liminar soltar o grupo do MRP. Segundo ele, não houve flagrante que justificasse a prisão dos suspeitos. Na decisão, no entanto, ele destacou que os suspeitos deveriam “ser colocados em liberdade se por outro motivo não estiverem presos”.

“Ressalte-se, a título de esclarecimento, que a presente decisão em nada se refere à decisão do Juízo da Segunda Vara Criminal da Circunscrição Judiciária de Samambaia, que decretou a prisão temporária dos pacientes, que permanece hígida, salvo novo pronunciamento do juízo competente.” Apesar dessa ressalva do desembargador, a dupla acabou sendo liberada.

A prisão foi injusta, alega manifestante. 

“Os integrantes do Movimento Resistência Popular saem hoje de uma prisão injusta e cheio de calúnias”, escreveu Yka, em uma mensagem à imprensa. Ela disse ter deixado Presídio Feminino, conhecido como Colmeia, durante a madrugada do último sábado (5).
Em nota, a Secretaria de Justiça afirma que apura o caso. “A pasta ressalta que as equipes de recaptura foram acionadas para cumprir o mandado de prisão temporária expedido em desfavor das acusadas”, registrou  o órgão.

Um inquérito vai apurar se houve erro no sistema penitenciário ou se algum agente falhou ao liberar as duas detentas. O subsecretário do Sistema Penitenciário, João Carlos Lóssio, disse à reportagem que ainda estava tomando conhecimento do caso. (AG)

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