Policiais civis realizaram um protesto, no começo da tarde desta sexta-feira (17), em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. O ato foi contra a morte do colega Valdecir Machado, de 58 anos, morto em Alvorada, na quinta-feira (16). O grupo também foi em carreata até o Cemitério Jardim da Paz, na Zona Leste de Porto Alegre, para acompanhar o enterro.
As DPPAs (Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento) de todo o RS paralisaram as atividades às 14h por uma hora. Às 15h, no horário marcado para o enterro de Valdecir, policiais fizeram “buzinaço” e ligaram sirenes de viaturas. Em Porto Alegre, os manifestantes seguiram em direção ao Palácio Piratini.
Machado trabalhava na DPPA de Alvorada. Ele foi morto com um tiro na cabeça após entrar em luta corporal com um criminoso que havia fugido da unidade. O bandido foi localizado no bairro Intersul e não aceitou voz de prisão. Na briga, o homem conseguiu pegar a arma do policial. O agressor chegou a fugir com o armamento do agente, mas foi detido.
Segundo informação do site da Ugeirm (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS), a vítima já estava em idade de se aposentar, aguardando sua promoção, que não foi autorizada pelo governador. “Por falta de efetivo na DDPA, Waldecir seguia exercendo o trabalho sozinho. Consideramos que o governador exerce uma política assassina nesse Estado, precarizando os locais de trabalho e deixando os trabalhadores vulneráveis”, diz o texto do sindicato.
As ocorrências tiveram de aguardar o fim do protesto dos policiais civis para serem registradas. (foto: Jackson Ciceri/ o Sul)